- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Gostando ou não de João Doria, é preciso reconhecer que ele teve um papel importante no combate à pandemia no Brasil. Talvez tenha sido o principal responsável por forçar o governo do inominável superar a fase aguda da idiotice e do negacionismo.
Doria usou o poder político e midiático do governador do Estado mais rico e mais populoso da Federação para expor seu ex-aliado como um genocida extremado.
O ex-governador acabou vítima de uma série de erros, cometidos por ele e pelo PSDB, que, entre outras coisas, ignorou a vontade dos militantes ao desdenhar do resultado das prévias.
Dito tudo isso, é preciso reconhecer também que o ex-candidato falhou ao não se preocupar com a unidade partidária, fez escolhas erradas no passado, se mostrou arrogante e desprezou vontades democráticas.
A saída de Doria da corrida presidencial é tão melancólica quanto a derrocada do PSDB, que não terá candidato a presidente pela primeira vez na história e viu sua bancada na Câmara cair 75% desde 2002. Talvez seja a última pá de terra jogada na sepultura do partido.
O PSDB começou a morrer em 2014, quando Aécio Neves não aceitou a derrota para Dilma Rousseff e fez uma série de acusações contra o processo democrático.
E se enterrou de vez quando jogou na latrina o significado de sua sigla ao se associar ao terrorista que hoje está no Planalto. Ninguém esquece a dobradinha Bolso-Doria, os votos tucanos, incluindo Eduardo Leite, naquele que sempre se orgulhou da tortura e demais crimes cometidos pela ditadura militar.
Nenhum partido supostamente social-democrata sobrevive associando ao nazismo. Que vá em paz.
----------------------------------------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.