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Serra Negra pode ser a capital do café do Circuito das Águas Paulista. Em busca de uma identidade turística para o município, o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) avalia agora que associar o nome da cidade a um produto que é uma commodity e com fama internacional pode ser a estratégia mais eficiente de marketing para atrair turistas, entre os quais estrangeiros, e com maior poder aquisitivo.
Vincular o café à identidade turística do município é uma das ideias estudadas por empresários ligados ao turismo e que nesta segunda-feira, 18 de abril, vão participar de uma palestra ministrada no Centro de Convenções por Marcela Moro, coordenadora do Circuito das Frutas e diretora de Turismo de Jundiaí, cidade vencedora do Top Destino “Turismo Rural”.
Associar a história da cafeicultura da cidade e a produção de cafés especiais premiados à Serra Negra foi uma das principais propostas apresentadas pela empresa de consultoria Candida Baptista, contratada em 2019 para elaborar o Plano Diretor de Turismo de Serra Negra.
A sugestão foi rechaçada por integrantes do Comtur. Eles avaliavam na ocasião que o ecoturismo, o voo livre e outros esportes ligados à natureza estavam ganhando impulso no município e deveriam ter maior destaque no marketing e na logomarca, que além do desenho de parapentes e asa delta ganhou o slogan “Viver, Sentir e Amar”.
A presidenta do Comtur, Sirlene Terenciani, admite que a proposta da consultoria era visionária, embora tenha sido reprovada pelos integrantes do Comtur, e que com a pandemia a ideia se tornou ainda mais condizente com as perspectivas para o turismo no Brasil e no mundo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) vem apontando, desde 2020, o desenvolvimento do turismo rural como estratégia econômica para elevar a renda das comunidades rurais e melhorar as condições socioeconômicas das populações dessas áreas.
A ONU estima que em 2050 quase 70% da população mundial viverá em áreas urbanas, mas 80% das pessoas que se encontram atualmente em “pobreza extrema” moram fora das cidades.
O secretário-geral, António Guterres, lembrou em 2020, quando a instituição lançou o tema “Turismo e o Desenvolvimento Rural”, que milhões de pessoas dependem do turismo para obter renda, especialmente mulheres e jovens.
Ele defendeu ainda na ocasião o desenvolvimento do turismo não só para oferecer oportunidades de trabalho, mas também como alternativa para a proteção da biodiversidade e ecossistemas.
Empresários ligados ao turismo veem agora nesse movimento da ONU para elevar a renda das comunidades rurais uma oportunidade de negócios. “Hoje, meu olhar está mudando, enxergando além do território. Ainda teremos uma reunião para discutir o DNA turístico da cidade”, afirmou Sirlene.
A presidente do Comtur destacou o município de Socorro. “A cidade de Socorro está trazendo turistas da Argentina e do Chile porque tem um produto de desejo internacional, o esporte de aventura e a acessibilidade”, salientou.
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Salete Silva é jornalista profissional diplomada, ex-Gazeta Mercantil e Estadão, e editora do Viva! Serra Negra.
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Comentários
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Pois é!
ResponderExcluir"O" presunto não é de PARMA?
Por que alguém conhece a cidade de GORGONZOLA?
Realmente acho que o turismo ligado ao café é pouco explorado ai em Serra Negra, cito aqui a região de Pardinho/SP que une turismo de aventura, rural, gastronômico...cafés especiais e queijos artesanais premiados. Enfim , penso eu , como turista, que tem que haver integração entre os diversos setores, para uma prestação de serviço de qualidade e que seja atrativo e contemple diversos segmentos de turistas.
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