//FERNANDO PESCIOTTA// O preço do descaso e o risco para os prefeitos



Pesquisa encomendada pelo movimento Todos Pela Educação revela que a maioria do eleitorado brasileiro desaprova a gestão da educação básica.

Segundo o levantamento, 58% da população credita a responsabilidade desse descaso ao governo federal e 54% se diz insatisfeita com os governadores.

A pesquisa apontou, ainda, que 59% dos eleitores consideram a educação um tema “muito importante” a ser considerado na hora do voto.

Ao contrário do que pensa a população, o governo do genocida não dá a mínima para a educação. São muitas as mostras do descaso. Em três anos e quatro meses, estamos no quinto ministro, e todos os indicados apresentaram currículos inadequados para o cargo.

O MEC tem sido marcado por redução do orçamento e baixa execução dos recursos. Ou seja, além da previsão de gastos ser menor do que o necessário para uma boa gestão, não há projetos para colocar em prática. Deixou de investir R$ 8 bilhões, dinheiro que acaba indo para as emendas que compram o apoio de parlamentares.

O dinheiro que sai do caixa é para maus feitos. Neste ano, o MEC foi para o centro das denúncias de corrupção, com pastores amigos de Bolsonaro ligados a desvios de verbas e pedidos de propina.

O ex-ministro, que autorizou a atuação dos pastores corruptos de Bolsonaro, recentemente ficou em evidência na mídia não por feitos na área de educação, mas porque deu tiros no Aeroporto de Brasília.

Um (ex) ministro da Educação disparando uma arma acidentalmente num aeroporto porque não sabe manuseá-la é uma das melhores imagens deste governo (?).

Conforme a pesquisa do Todos Pela Educação, a população aponta o dedo para o governo federal, mas também reconhece que o Estado tem sua parcela de responsabilidade. O levantamento nada fala sobre os prefeitos, mas certamente eles vão pagar sua cota pelo descaso. Se não abrirem o olho, vão para o mesmo ralo.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com

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