//SAÚDE// Hospital vai receber mais R$ 6,6 milhões da prefeitura



A prefeitura vai repassar, durante 12 meses, R$ 6,6 milhões à Santa Casa de Misericórdia de Serra Negra, mantenedora do Hospital Santa Rosa de Lima. O projeto de lei que autoriza o repasse foi aprovado por unanimidade, apesar de questionamentos feitos por vereadores durante a sessão da Câmara Municipal de segunda-feira, 21 de março.

O convênio entre a prefeitura e a Santa Casa prevê o apoio aos serviços destinados à saúde integral da população, entre os quais atendimento médico de urgência e emergência em pronto socorro e atendimento de pacientes em clínica médica, cirúrgica, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, traumatologia, pediatria e anestesiologia.

Os recursos repassados deverão ser utilizados ainda para a realização de exames laboratoriais e radiologia, aquisição de materiais e medicamentos, além de custeio das despesas provenientes dos serviços oferecidos e apoio à rede municipal de saúde.

Alguns vereadores se queixaram da ausência de prestação de contas das metas qualitativas, como comissões obrigatórias, mortalidade infantil, avaliação de prontuário, porcentual de recusa de vagas e quantidade de remoções, entre outras. A Câmara Municipal deve aprovar na próxima semana um requerimento solicitando essas informações.

“Com a pandemia alguns serviços passaram a ser pagos à parte. Já votamos projetos de R$ 60 mil, R$ 70 mil, o quanto precisasse nós aprovamos. O prefeito disse que não daria mais dinheiro, mas o prefeito acabou aumentando [o repasse] e o hospital está sempre pedindo mais”, disse o vereador Roberto de Almeida.

Ele avalia que as metas qualitativas devam ser utilizadas para melhorar a gestão do hospital. “As pessoas que estão lá têm boa vontade, não estamos questionando isso”, salientou. Ele lembrou que tudo o que é enviado à Câmara Municipal referente ao Hospital Santa Rosa de Lima é aprovado.

O presidente da Câmara, César Augusto Borboni, o Ney, lembrou que os recursos adicionais votados pela Casa em 2022 eram referentes à pandemia de covid-19. “Aumento real mesmo foi muito pouco em relação ao que era e como está. Praticamente foi reajustada a inflação do período”, explicou.

Ney salientou ainda a necessidade de resguardar a direção do hospital para que que quem tivesse interesse de participar da administração da entidade não corresse riscos jurídicos. “Quando você entra, já sai com tiro na testa”, disse Ney, se referindo às pendências jurídicas e financeiras que podem prejudicar quem assumir a gestão do hospital.

“Teríamos de achar uma solução para isso. Seria como uma holding familiar (empresa que gere patrimônio e bens familiares) para que mais pessoas se interessassem em participar”, afirmou. 

A administração do Hospital Santa Rosa de Lima deverá estar sob novo comando nos próximos dias.


 

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