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Cenas bizarras das décadas de 1980/90 voltaram a fazer parte da realidade brasileira. Milhares de motoristas enfrentaram filas de horas para abastecer seus carros após anúncio de mega-aumento do preço dos combustíveis.
A Petrobras reajustou a gasolina em 18,7%, elevou o diesel em 24,9% e deixou o gás de cozinha 16% mais caro.
Trata-se do maior aumento de preços da história recente da Petrobras, o que deverá detonar um ciclo vicioso de mais inflação, juros e dívida pública, analisam economistas consultados pela imprensa.
Há quem avalie que o aumento sozinho deixará o IPCA 0,6 ponto porcentual mais alto.
Diante das novas pressões inflacionárias, crescem as expectativas de que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, nos dias 15 e 16, o País sinta a paulada de nova elevação dos juros básicos.
Especialistas calculam que o preço médio da gasolina nas bombas deve ultrapassar os R$ 7 pela primeira vez.
A resposta do Senado foi a aprovação de projetos que alteram a política de preços da Petrobras e instituem o auxílio-gasolina de R$ 300. Por causa da eleição, esse auxílio ainda depende de parecer jurídico. Se autorizado, deverá custar R$ 3 bilhões, elevando, portanto, as despesas públicas.
Os Estados, porém, correm o risco de pagar grande parte dessa conta, a partir da unificação da cobrança de ICMS aprovada pelo Congresso.
Ou seja, o governo Bolsonaro faz os estragos e os Estados fazem o Pix.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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