//FERNANDO PESCIOTTA// Censura nunca mais



O filme “Como se tornar o pior aluno da escola” é péssimo, Danilo Gentili é um imbecil, e Fabio Porchat, um murista que não acrescenta nada.

Gentili é o pai da vinculação de homossexualismo com pedofilia que ditou a campanha eleitoral de 2018. Está provando do seu próprio veneno.

Dito isso, é preciso ressaltar que a censura ao filme é um escândalo que só se materializa em países que juntam conservadorismo e autoritarismo.

A mobilização contra o filme objetiva mostrar um governo alinhado com o mais profundo atraso representado por segmentos religiosos.

Visa, ainda, desviar a atenção de coisas muito mais importantes, como a disparada do preço dos combustíveis, o horror vivido pelos consumidores nos supermercados, a alta da inflação ou a dificuldade de reeleição mostrada pelas pesquisas de intenção de voto.

O movimento de censura envolve pessoas com traços abissais de idiotice, como Damares Alves, Mário Frias, Anderson Torres, suposto ministro da Justiça, e André Fernandes e Carla Zambelli, deputados do PL, claro.

Não se trata de concordar com o filme, que, repito, é ordinário como os atores. Nem dá para concordar com a cena que motiva a mobilização conservadora, pois é estúpida, desnecessária. Mas daí a pregar a cesura vai uma distância gigantesca.

Se cada cidadão “de bem” se achar no direito de vetar alguma obra por considerá-la um atentado aos bons costumes, viveremos num deserto de ideias, estaremos no caos profundo da falta de inteligência.

Mas não deixa de ser engraçado ver essa gente que se diz defensora da liberdade só pregar perseguição, ódio, censura e controle como na ditadura.

------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


Comentários