//CIDADE// Família Padula tenta se entender para continuar negócio com caldo de cana

Ponto da pracinha do caldo de cana será licitado pela prefeitura


Os parentes de Luiz Fernando Padula ainda tentam um entendimento para garantir que a “praça de caldo de cana” continue sendo um negócio da família.

Victor Lucillo, genro de Marivaldo Paula, irmão e sócio de Luiz Padula, estuda a possibilidade de participar da concorrência que a prefeitura vai realizar para a concessão da exploração comercial do local.

“A nossa ideia seria a de concorrer, mas como envolve questão familiar, ao mesmo tempo que a gente quer participar para poder ajudar meu sogro a continuar trabalhando, não queremos entrar em atrito com a família”, disse Lucillo. Ele procurou a redação do Viva! Serra Negra para explicar sua versão sobre a sociedade mantida entre Marivaldo e Luiz Padula.

“Eles são sócios desde o início desse pequeno negócio”, afirmou. Ele diz que a parceria entre os irmãos se iniciou depois que os dois se aposentaram. Eles trabalhavam no Frigo Charque Serra Negra. 

Com a aposentadoria, a renda das duas famílias seria brutalmente reduzida. “Com medo dessa redução dos ganhos, eles procuraram um novo meio para complementar a renda e assim nasceu o caldo de cana”, relata.

A licença de ambulante foi concedida a Luiz Fernando Padula porque a concessão é individual. “Mas os dois adquiriram a licença, compraram os insumos e maquinários com recursos financeiros de ambos e a renda do negócio sempre foi dividida entre os dois, tanto os lucros como as despesas”, explica.

O intuito da família de Marivaldo era solicitar a transferência da licença para ele, que está vivo e tem o desejo de continuar trabalhando. Por essa razão, Lucillo disse que protocolou na prefeitura um pedido de transferência da concessão para o nome de Marivaldo.

Mas a família de Luiz Fernando Padula, segundo Lucillo, não quer a licença no nome de Marivaldo. “O receio de minha esposa, demais filhos e sogra é que se o meu sogro parar de trabalhar, venha a adoecer ou entre em depressão”, afirmou.

Lucillo disse que apenas seus sogros dependem financeiramente do negócio. “Eu e minha esposa temos nossos empregos”, afirmou. Ele admitiu, no entanto, que se participar e ganhar a concorrência terá de ajudar o sogro. “Ele não tem leitura, é uma pessoa simples e com pouca instrução”, explicou.

Lucillo admite também que agora com a concorrência o negócio pode sair das mãos da família Padula. “O fato de a gente participar não quer dizer que vamos ganhar. Ganha quem ofertar o maior valor de aluguel para a prefeitura”, ressaltou. 

Flávio Luiz Padula, filho de Fernando Padula, disse que também pretende um entendimento. Seu objetivo é ficar com o negócio para trabalhar com o tio. Ele trabalha na Praia Grande e, desde o falecimento do pai, faz planos de voltar para Serra Negra para trabalhar com o carrinho de caldo de cana.

“Com o falecimento do meu pai, conversei com minha mãe e irmã, estava analisando, é quase certa a possibilidade de voltar, assumir o carrinho e continuar no ponto junto com meu tio, como sempre foi”, concluiu. 



Comentários

  1. Tem que permanecer com o filho e a mãe, pois é uma fonte de renda para a viúva do Sr Padula

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.