//FERNANDO PESCIOTTA// Debandada escolar



A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ao STF pelo crime de homofobia.

Numa entrevista em 2020, o pastor do MEC disse que a homossexualidade acontece em “famílias desajustadas”.

Ribeiro é um conservador horroroso, com ideias e conceitos ultrapassados, como todo o governo bolsonarista. E se não fosse assim, não estaria no cargo. Essa é uma gestão para fazer o País andar para trás.

O pastor deveria ser responsabilizado também por muitos outros absurdos no MEC.

Ao longo da pandemia, o MEC do pastor não demonstrou nenhuma preocupação em apoiar Estados e municípios. Principalmente nas cidades, os gestores foram abandonados à própria sorte para manter as aulas, presenciais ou virtuais.

Bolsonaro vetou verbas aprovadas no Orçamento para garantir que alunos de baixa renda tivessem acesso digital às aulas. Ribeiro não se opôs e não apresentou alternativas.

O resultado é avassalador: 653.499 crianças de até cinco anos saíram da escola no período de 2019 a 2021. Ou seja, 7,3% dos alunos do ensino fundamental podem estar apagando o sonho da alfabetização. É desesperador.

Como de praxe no governo do Sadim, significa um retrocesso enorme. O número de matriculados só crescia desde 2005. Não é só farofa que Bolsonaro espalha por todos os lados.

Cadê outubro que não chega? 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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