//TURISMO// Visitantes têm queixas, mas gostam de passear em Serra Negra

Iara Monachesi, de Atibaia, estava preocupada
com os serviços de saúde da cidade, caso a sua mãe precisasse


JULIANA GOTTARDI


Falta de informações sobre passeios e sobre os equipamentos de saúde, problemas para estacionar veículos, comida mais cara em comparação com outras cidades, shows que terminam cedo e comércio vazio. Essas foram algumas reclamações ouvidas pela reportagem do Viva! Serra Negra entre os turistas que visitam Serra Negra.

Apesar dessas críticas, a maioria dos entrevistados, que circulavam pela região central no último fim de semana, se mostrou contente com o que encontrou na cidade.

“É uma cidade bem aconchegante, tranquila e segura”, disse Cibele Rodrigues, de Engenheiro Coelho. José Roberto Marangoni, de Jundiaí, achou Serra Negra com um "ambiente muito agradável". Para ele a cidade é limpa e "bem receptiva".

Descansar e fazer compras foram os motivos citados quase unanimemente pelos entrevistados para escolher Serra Negra como destino.

Nem tudo foram elogios, entretanto. Os viajantes se queixaram da ausência de informações sobre serviços médicos na cidade e sobre os seus atrativos turísticos.

Iara Monachesi, que veio de Atibaia com sua mãe idosa, manifestou preocupação sobre o acesso a equipamentos de saúde. Isso porque ela não sabia onde procurar atendimento hospitalar no município caso fosse necessário.

A queixa de Letícia Santiago, de Campinas, que vem à cidade há alguns anos, foi sobre a falta de informações sobre os pontos turísticos de Serra Negra - ela só conhecia o teleférico. 

Outra reclamação bastante ouvida foi a falta de vagas para estacionar no Centro. “Se for para ficar um dia, o problema é estacionar”, disse Jorge Abreu, de São Bernardo de Campo, que veio à cidade para descansar.

Motociclistas também apontaram a mesma dificuldade. “Precisamos de um lugar adequado para estacionar", disse Fernando Garcia, de Piracicaba, que veio junto com um grupo de motociclistas. Para ele, o fato de as vagas estarem espalhadas não é vantajoso, pois se uma pessoa da turma encontra uma vaga, a outra fica rodando à procura de outra.

Roseli Pereira notou que os preços dos restaurantes em Serra Negra são mais elevados se comparados com a sua cidade de origem, Santos. Porém ela fez a ressalva de que foi bem atendida nos estabelecimentos onde esteve.

Outra reclamação ouvida foi a respeito dos shows na Praça João Zelante. Rodrigo de Souza, de Louveira, estava viajando com a família e avaliou positivamente a infraestrutura e a qualidade do espetáculo que viu, mas achou que a apresentação poderia se alongar um pouco mais.

Os turistas também fizeram observações sobre o movimento do comércio. Hamilton Baron, de Campinas, que visita a cidade com a família há anos, considerou que o comércio estava parado. “Meio vazio, caído, bem triste”, disse.

A reportagem conversou com alguns lojistas para saber a posição deles a respeito da ampliação do horário de funcionamento do comércio, como a Associação Comercial Industrial e Agrícola de Serra Negra (Acia) e a Associação dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares (Ashores) recomenda aos seus associados.

Em uma amostra de 14 lojas, os proprietários de cinco se mostraram simpáticos à ampliação, três disseram que não vão aderir e seis ainda estavam em dúvida sobre se iriam ou não seguir a recomendação das associações. 

Os principais argumentos daqueles que não vão ampliar o horário de funcionamento de suas lojas é de que o movimento durante a semana é fraco e tal medida só compensaria se todas as lojas aderissem à iniciativa. 

Alguns estabelecimentos demonstraram vontade de aumentar o horário de funcionamento, porém somente na semana que antecede o Natal ou nos fins de semana.



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