//ANÁLISE// Ômicron, um presente de Natal?

                                                                                                                 


Fernando Pesciotta


A falta de indícios de casos graves e mortes associadas à variante do coronavírus podem torná-la um "presente de Natal antecipado".

A afirmação é do epidemiologista Karl Lauterbach, que vai assumir o Ministério da Saúde da Alemanha com o novo governo do social-democrata Olaf Scholz.

A tese ganha corpo e é encampada por outros especialistas. Anthony Fauci, apontado como principal conselheiro para assuntos de saúde do presidente dos EUA, Joe Biden, classificou os primeiros sinais da não gravidade da variante como “encorajadores”.

Lauterbach acredita que as 32 mutações identificadas na proteína Spike, usada pelo vírus para entrar nas células humanas, podem significar que a nova cepa é otimizada para infectar pessoas, em vez de matar. Isso pode acelerar o fim da pandemia.

Esse processo, porém, ainda depende da atuação responsável dos governos, o que não é o nosso caso. Análise de Lauterbach é animadora e merece mérito, mas ainda depende de mais estudos para se consagrar.

Medidas essenciais de cuidado ainda são necessárias e tudo de que o Brasil não precisa é desse continuado negacionismo. Vetar a exigência de passaporte vacinal dos viajantes que chegam ao País, por exemplo, só atrapalha a etapa de superação da pandemia.

Mas não se pode esperar muito de quem orgulhosamente prega contra a vacina. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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