//ANÁLISE// IPCA recorde tira o peru do Natal

                                                                                                                     


Fernando Pesciotta



O índice oficial de inflação desacelerou para 0,95% em novembro, ante 1,25% em outubro. Ainda assim, é a maior alta para o mês desde 2015.

No acumulado de 12 meses, a inflação chega a 10,74% – a meta do BC é de 3,75%. Trata-se do maior acumulado de 12 meses desde 2002.

Em algumas capitais, o IPCA já bate nos 14%. É o caso de Curitiba, onde a inflação alcançou 13,71%.

O inepto ministro Paulo Guedes, porém, prefere fugir da realidade e culpar terceiros pelo pior período econômico brasileiro em décadas. Ele diz que a inflação vai recuar em 2022.

Porém, empresários e economistas são unânimes em prever que os preços continuarão altos, para desespero principalmente dos mais pobres.

Segundo eles, um alívio no preço dos alimentos só deve acontecer no segundo semestre de 2022. Mesmo assim, se “tudo der certo”: se a safra de fato aumentar, se o dólar se estabilizar e se a conta de luz refluir.

Os aumentos no primeiro semestre vão atingir do pãozinho a embalados e processados. A “culpa” é do encarecimento na cadeia de produção, com reajustes de grãos e carnes, energia elétrica e combustíveis.

Para este Natal, a opção que fica para o consumidor é a carne de porco e de frango.

Ao contrário dos produtos considerados mais nobres e mais procurados nessa época, o preço do pernil suíno tem queda de 1,27% em 12 meses e passou a ocupar lugar de destaque mesmo em restaurantes.

Costelinha e lombinho também devem ser protagonistas neste final de ano, deixando de lado os tradicionais peru e bacalhau.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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