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Fernando Pesciotta
Sem contar os cerca de 13 milhões de desempregados, dados do IBGE indicam que 7,8 milhões de brasileiros trabalham menos do que gostariam e do que precisam para seu sustento. São os tecnicamente chamados de subocupados.
O resultado significa alta de 9,4% em relação ao terceiro trimestre de 2019 (7,102 milhões), no pré-pandemia.
Em números absolutos, nesses dois anos, o total de subocupados teve um crescimento de 669 mil pessoas, o equivalente a cerca de 23 vezes a população de Serra Negra.
Essa categoria inclui, por exemplo, os vendedores ambulantes, atividade que não é contínua, não é independente e cujo faturamento varia de acordo com o movimento, que anda fraco. As vendas nesse nicho ainda estão 70% abaixo do período anterior à pandemia.
Há uma relação de causa e efeito nesses dados. Tamanho contingente de trabalhadores desempregados ou subocupados trava o crescimento do consumo, que ao não se desenvolver não dá oportunidade para a ampliação do trabalho e, consequentemente, da renda.
Não por acaso, portanto, que em setembro, último mês daquele trimestre, houve fluxo negativo de R$ 13,8 bilhões na poupança financeira das famílias, calcula a Fipe. Na caderneta de poupança, apenas aquelas com saldo superior a R$ 50 mil tiveram fluxo positivo.
Ou seja, somente as famílias ricas estão conseguindo manter o nível de investimento e poupança, sem precisar recorrer às economias para pagar o sustento do dia a dia ou dívidas.
Essa tragédia da economia exige um plano de recuperação, mas isso é artigo de luxo no Brasil de Bolsoguedes e está em falta. Que venha o próximo.
A coluna volta a ser publicada em janeiro de 2022.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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