//TELECOMUNICAÇÕES// Leilão do 5G começa nesta quinta; Serra Negra já tem lei para a tecnologia



O leilão do 5G, que começa nesta quinta-feira, 4 de novembro, em Brasília, contará com a participação de 15 empresas e consórcios. O leilão vai selecionar as operadoras de serviços de conectividade móvel utilizando a nova tecnologia. 

Na lista estão as principais operadoras de conexão móvel do Brasil: Vivo, Claro e TIM. Também entraram operadoras regionais, como Sercomtel e Algar Telecom. Para além dessas cinco, já tradicionais, outras dez companhias ou grupos se inscreveram .

Para concorrer, contudo, esses pretendentes terão sua documentação avaliada pelos técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os aptos a participar efetivamente do leilão  serão anunciados antes do início do certame.

A lista de nome não deixa claro quais são os novos concorrentes, se empresas brasileiras com atuação regional ou em outros negócios ou se conglomerados de telecomunicações de outros países que podem querer atuar no Brasil.

“Cinco são empresas que já são prestadoras de serviços móveis. Outras dez são entrantes. Isso é inédito na história da Anatel, um leilão com dez novos pretendentes, o que é a prova que o modelo desenvolvido pela agência foi bem-sucedido em relação ao estímulo e à competição”, avaliou o superintendente de competição e presidente da Comissão Especial de Licitação da Anatel, Abraão Balbino e Silva.

O leilão consistirá em uma concorrência em quatro lotes de radiofrequências. As empresas farão lances para obter o direito de explorar parcelas das faixas, por meio das quais prestarão serviços de conexão móvel.

O processo tem valor previsto de cerca de até R$ 50 bilhões, caso todos os lotes sejam arrematados. Destes, até R$ 10 bilhões poderão ser arrecadados e outros R$ 40 bilhões poderão ser aportados na forma dos compromissos estabelecidos pela Anatel.

Entre os compromissos estão as obrigações de implantação do serviço entre 2022 e 2029, o atendimento a localidades com pelo menos 600 pessoas e a destinação de recursos para a conectividade de escolas durante o cronograma de implantação.

A Câmara Municipal de Serra Negra aprovou em  20 de setembro projeto de lei de autoria de seu presidente, Cesar Borboni, o Ney (PSC), disciplinando a instalação, no município, de infraestrutura de suporte para estações transmissoras de radiocomunicação, antecipando a chegada da tecnologia 5G. O projeto foi sancionado pelo prefeito Elmir Chedid.

Na justificativa do texto, Ney ressalta que o 5G demandará altos investimentos para sua instalação no Brasil, e "tendo sua reconhecida importância econômica no cenário paulista, o município de Serra Negra certamente está na rota desses investimentos e tem neles a oportunidade de realizar a recuperação de sua economia".

Destaca ainda que "a tecnologia 5G implicará a necessidade de aumento expressivo no número de antenas, dada suas características técnicas" e enfatiza que "é imperioso dizer que, sem o emprego dessas novas antenas, não haverá condições técnicas de aproveitamento máximo das novidades do 5G e as maiores dificuldades enfrentadas atualmente pelas empresas que implantam a infraestrutura de suporte para as redes móveis está nas restrições impostas pelas leis municipais que tratam da sua implantação e os processos de licenciamento dessas estruturas que, algumas vezes, são morosos ou requerem grande esforço burocrático para serem concluídos".

Ney, que é empresário da área de saúde, em transmissão pelas redes sociais da prefeitura, afirmou que a chegada do 5G em Serra Negra, que deverá demorar ainda alguns anos, vai propiciar a expansão dos negócios na cidade. Ele disse que pretende utilizar a nova tecnologia nas consultas médicas oferecidas por sua empresa. 

O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel e reduz a latência, permitindo novos serviços com conexão com segurança e estabilidade que abrem espaço para o uso de novos serviços em diversas áreas, como indústria, saúde, agricultura e na produção e difusão de conteúdos.




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