//CULTURA// Cineclube exibe "Rio, Zona Norte", clássico de Nelson Pereira dos Santos


Integrante da lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, o clássico "Rio, Zona Norte", de Nelson Pereira dos Santos, é a atração deste sábado, 13 de novembro, da sessão de cinema promovida pelo Kanemo Cineclube e Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari.

O filme será exibido às 19 horas, na Casa da Cultura e Cidadania (Rua Eliseu Franco de Godoy, 57, Centro, Serra Negra), com entrada franca, como parte da programação especial relativa ao mês da consciência negra.

"Rio, Zona Norte" é o segundo longa-metragem de Nelson Pereira dos Santos, um dos pais do movimento conhecido como "Cinema Novo", que renovou a produção nacional e a tornou internacionalmente conhecida.

O filme, lançado em 1957, tem como intérprete principal Grande Otelo, com músicas de Zé Ketti e de Alexandre e Radamés Gnatalli, e narra a trajetória e as agruras da vida de um sambista carioca, Espírito da Luz, que cai de um trem lotado da Central do Brasil e fratura o crânio. Enquanto agoniza ele se lembra dos últimos meses de sua vida, a luta para ver seus sambas gravados e interpretados por grandes artistas populares, como Angela Maria, as trapaças do falso parceiro Maurício, o filho adolescente que se envolve com criminosos perigosos e o seu novo relacionamento, com a mulata Adelaide. No hospital ele recebe a visita de Moacir, músico de orquestra, que é admirador de suas composições e se oferecera para colocá-las em partituras.

"Rio, Zona Norte" foi o capítulo do meio de uma trilogia que por conta de questões políticas e sociais, ficou apenas no segundo capítulo, sem "Rio, Zona Sul", projeto que contemplaria o Rio de Janeiro numa ampla perspectiva cinematográfica. O primeiro filme do projeto foi também a obra que tornou Nelson Pereira dos Santos conhecido do público e crítica, o clássico "Rio, 40 Graus".

Nelson Pereira dos Santos fez carreira brilhante no cinema brasileiro - e mundial. São dele alguns dos mais apreciados filmes nacionais, como "Vidas Secas", "Boca de Ouro", "Azyllo Muito Louco", "Como Era Gostoso o Meu Francês", "O Amuleto de Ogum", "Tenda dos Milagres", "Na Estrada da Vida", "Memórias do Cárcere", "Jubiabá" e "A Terceira Margem do Rio", entre outros.



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