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Fernando Pesciotta
A 13 dias do início do Enem, ao menos 35 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), responsável pela execução do exame, pediram demissão.
É mais uma prova da incompetência e do descompromisso do governo com questões sociais urgentes. Não há país que se desenvolva sem um eficiente sistema de educação, inclusiva, progressiva, de qualidade e acessível a todas as faixas de renda.
O que o governo Bolsonaro faz com a educação é um crime premeditado. Seu objetivo é ideológico, visando atingir os professores, vistos como “comunistas” e “esquerdistas”. As consequências pouco importam.
O modelo atual do Enem, considerado por especialistas como revolucionário, é uma criação de Fernando Haddad. Por isso, merece ser enterrado, também não importando as consequências.
A debandada do Inep atinge especialmente a Diretoria de Gestão e Planejamento, responsável pela logística do Enem.
Os servidores acusam Danilo Dupas Ribeiro, presidente do Inep, de promover um desmonte no órgão, com decisões sem critério técnico, e de assédio moral.
Dupas foi nomeado pelo pastor Milton Ribeiro, que dizem ser ministro da Educação.
O pastor Ribeiro é a quarta múmia que ocupa o cargo desde a posse do inominável, numa óbvia demonstração de que a ignorância é imperativa no governo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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