//EDUCAÇÃO// Cerca de 30% dos funcionários de escolas param em Serra Negra



A volta das aulas presenciais das escolas municipais, estaduais e da rede privada de Serra Negra foi marcada pela paralisação dos trabalhadores do Quadro de Apoio Escolar (QAE), profissionais que dão suporte às ações da secretaria da escola e que atendem a comunidade escolar, deflagrada no Estado de São Paulo.

Segundo informações de integrantes da categoria, em Serra Negra, a greve no município atingiu pouco mais de 30% dos profissionais. Teriam aderido ao movimento parte dos funcionários da Escola Estadual Professora Nair de Almeida, da Escola Estadual Jovino Silveira e da Escola Estadual Professora Franca Franchi.

“A adesão às greves em Serra Negra é sempre pequena. Calculamos que no Jovino a adesão foi de 75%, no Nair de Almeida 80% e na Franca Franchi 100%”, afirmou um trabalhador que preferiu não se identificar.

Serra Negra tem cerca de 25 profissionais exercendo a atividade de agentes de organização escolar nas escolas da rede estadual do município. Além de direito ao abono salarial concedido aos professores pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a categoria reivindica reajuste do salário pela inflação.

O abono concedido pelo governo do Estado é proporcional à carga horária semanal do profissional em 2021. Os professores com carga horária de 12 horas semanais, por exemplo, receberão R$ 3 mil. O abono é cumulativo, caso o professor tenha mais de um contrato.

Todos os profissionais do quadro do magistério com exercício efetivo em 2021, além dos professores, receberão o benefício. Os profissionais do Quadro de Apoio Escolar foram excluídos, segundo a Seduc, devido à Lei Federal Complementar 173/2020, que vigora desde maio de 2020.
A lei federal impediria o reajuste no salário dos servidores federais, estaduais e municipais que não têm direito aos recursos provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), fonte dos recursos destinados ao pagamento do abono aos professores.
A categoria faz outras reivindicações, entre as quais o reajuste pela inflação do salário que estaria defasado. O salário inicial de alguns profissionais é inferior ao salário mínimo. A categoria argumenta ainda que a pandemia aumentou a carga de trabalho e de atribuições desses funcionários que seriam responsáveis por medir a temperatura dos alunos, olhar o pátio, atender à recepção, entre outras atividades.
A categoria deve retornar ao trabalho nesta terça-feira, 19 de outubro, mas ameaça nova paralisação em 3 de novembro se as reivindicações não forem atendidas. 



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