//ANÁLISE// A igualdade do PT

                                                                                                                                                                                                                                      


Fernando Pesciotta


Os países mais prósperos e desenvolvidos são aqueles com as menores taxas de desigualdade, como Canadá, Japão, Alemanha e Dinamarca.

O Brasil caminhava lentamente, mas caminhava para essa situação.

Estudo do Insper revelado pela Folha comprova que a desigualdade caiu ininterruptamente no Brasil entre 2002 e 2015, na gestão do PT. Voltou a crescer em 2016, quando o golpe afastou Dilma Rousseff.

Segundo o Insper, ao longo daquele período a renda média dos mais pobres cresceu porcentualmente mais do que a renda dos mais ricos.

O Insper é uma instituição criada por executivos do mercado para ministrar cursos de formação financeira. Se tornou uma escola de ensino superior de negócios, economia, direito e engenharia. É uma das mais caras e disputadas universidades do País.

Os dados do Insper se aproximam daqueles do índice de Gini, métrica que vai de zero (maior igualdade) a um (maior desigualdade).

O Gini do Brasil recuou de 0,583 em 2002 para 0,547 em 2017, com a saída de 16 milhões de pessoas da faixa de pobreza nos governos do PT.

Ao contrário do que ocorre agora, quando o País que se orgulha de ser o maior produtor agrícola do mundo tem mais de 20 milhões de pessoas passando fome.

De olho apenas na reeleição, e não na questão estrutural, o governo faz pirotecnias no Orçamento para forçar a adoção do Auxílio Brasil. Não vai combater a pobreza, entre outras razões porque é temporário, vai durar só até a eleição. Ataca a febre e não a enfermidade.

O Auxílio Brasil é uma desvirtuação do Bolsa Família. É tão pior que em nada se parece com o programa que tirou o Brasil da miséria e foi a porta de entrada de milhões de brasileiros a um mundo mais civilizado.

Incoerência – Foi engraçada a entrevista de Bolsoguedes para tentar explicar o drible no teto de gastos.

Ao lado do nazista que defende a tortura e a ditadura militar, o ministro da Economia rebateu críticas que o economista Affonso Pastore lhe tem feito. Guedes disse estranhar que alguém que esteve no regime militar, onde prosperou a inflação, se veja em condições de criticá-lo.

O ditadorzinho ao seu lado se fez de desentendido. Mas eles precisam chegar a uma conclusão: a ditadura prestou ou não prestou, é currículo ou demérito?

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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