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Fernando Pesciotta
Em meio à maior crise econômica em décadas, generaliza-se a percepção de que a gestão Bolsoguedes é um retumbante fracasso.
Para além da crise criada com a eleitoreira decisão de mexer no teto de gastos, a escalada de preços alcança os mais pobres de forma avassaladora.
A inflação dos alimentos da cesta básica tem alta bem maior do que o IPCA. O pacote de itens como açúcar, óleo, café e carne, só para citar alguns, acumula aumento de 16% em 12 meses, ante uma inflação oficial de 10,25%.
Isoladamente, os aumentos são muito maiores. O açúcar foi reajustado em 38,37%, seguido do óleo de soja (32,06%), café (28,54%) e contrafilé (26,88%), entre outros.
Sem nenhuma política estrutural para a economia, o governo reage de forma miúda. De olho exclusivamente na reeleição e não na fome, insiste em medidas paliativas que têm tudo para se tornar um tiro no pé.
A fixação no aumento de auxílios elimina o rigor fiscal. Concorde-se ou não com as exigências capitalistas, é assim que o jogo tem sido jogado, até como proposição deste governo desde a campanha eleitoral de 2018, pautada pelo liberalismo de mercado.
Trair esses princípios no desespero eleitoral custa caro para a sociedade. O dólar dispara, elevando o custo da dívida e a inflação, além de causar perda de reservas na estranha tentativa de controlar o câmbio. A perda de valor de mercado das empresas listadas na Bolsa já soma R$ 284 bilhões em três dias. Os títulos brasileiros no exterior viraram pó.
A debandada da equipe econômica é sinal para os investidores intensificarem a fuga de capital do País, num movimento de realimentação da inflação. Como sintetiza a Folha, a adesão de Guedes ao populismo fiscal só faz ampliar a crise.
Todo mundo sai, menos Guedes. Por que $erá?
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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