O Ecoponto instalado pela prefeitura na Avenida Juca Preto para o descarte de resíduos específicos pode ser uma iniciativa de preservação ambiental, mas só se acompanhado de algumas medidas essenciais como a criação de uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis, para garantir a renda dos pequenos catadores, e a ampliação dos serviços de coleta seletiva do município, para facilitar o descarte de materiais pelos moradores dos bairros mais distantes que não dispõem de veículo próprio.
Pequenos catadores
Os apontamentos e críticas em relação ao Ecoponto foram feitos por moradores e ativistas ambientais ao Viva! Serra Negra. Uma leitora disse à reportagem que já estão prejudicados moradores da proximidade da lixeira da Avenida Juca Preta que complementavam a renda diária com os materiais recicláveis recolhidos ali. “Parece pouco, mas para essa população, R$ 5 ou R$ 10 obtidos daquela lixeira já faz diferença no orçamento”, afirmou. A moradora avalia ainda que outros pequenos catadores das imediações também podem ser prejudicados com a concorrência do Ecoponto.
Cooperativas de trabalhadores
Um ativista consultado pelo Viva! Serra Negra concorda que os pequenos catadores podem ser prejudicados se houver ampla adesão da população ao Ecoponto sem que em contrapartida seja criada uma cooperativa de trabalhadores. “Se o Ecoponto for mais eficiente, os pequenos podem ser prejudicados”, afirmou. O local de descarte criado pela prefeitura tem de ser priorizado no descarte de materiais sem possibilidade de reciclagem, como entulhos, resto de construção, móveis e pneus velhos. “Os reciclados plásticos e latas, entre outros, deveriam ser tratados no âmbito de desenvolvimento de uma cooperativa de catadores”, recomenda.
Trabalho conjunto
A parceria entre a prefeitura, ecoponto e os catadores, por meio da cooperativa, daria mais eficiência à coleta seletiva no município. Os próprios catadores poderiam fazer a separação entre os materiais de descarte e os recicláveis. “Nessa forma de trabalho não haveria prejuízo, porque eles não são concorrentes”, conclui o ativista. O ecoponto teria de estar voltado para o descarte de materiais que os prestadores de serviços jogam na beira da estrada e a cooperativa para o recolhimento dos materiais recicláveis que podem retornar à cadeia produtiva criando emprego e renda.
Aterro sanitário
Outro problema apontado pelos entrevistados é o encaminhamento dos materiais não recicláveis para aterros sanitários, como o que fica próximo a um dos principais pontos turísticos da cidade, a Represa Santa Lídia. Esse e outras questões têm de ser resolvidas, como o descarte nos bairros distantes da Avenida Juca Preto por moradores que não dispõem de veículo próprio para levar os materiais descartados até o local apropriado. A ampliação do trajeto do caminhão da Cisbra, que recolhe às quartas-feiras materiais reciclados em algumas ruas e bairros da cidade, seria uma opção.
O que pode e não pode
No Ecoponto criado pela prefeitura pode ser depositado todo tipo de entulho de construção, como cimento, tijolos, azulejos, restos de pequenas reformas, móveis velhos, sofás, madeiras e galhos de poda, além de materiais recicláveis, como papel, plástico, vidro e metal. Não é aceito lixo domiciliar comum nem resíduos perigosos como pilhas, baterias e lâmpadas. Os moradores reclamam, no entanto, que faltam lixeiras nos bairros para o depósito de lixo domiciliar, outro problema que precisa ser sanado para a melhor eficiência do Ecoponto.
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Estrada cinematográfica
O vereador Renato Giachetto protocolou uma indicação ao prefeito Elmir Chedid que, se levada adiante, pode transformar as estradas que trazem os visitantes à cidade num cenário cinematográfico. Ele pede que o chefe do Executivo "estude as possibilidades de efetuar urbanização e paisagismo ao longo das rodovias que chegam a nosso município, em parceria com os donos das propriedades que confrontam com as estradas". Outra preocupação de Giachetto é com o bem-estar dos serranos. Para tanto, pede ao prefeito que "estude as possibilidades de substituir o tipo de tinta utilizada para pintura das faixas de pedestres, tendo em vista que a atual quando chove fica muito escorregadia, podendo causar acidentes aos munícipes, principalmente aos idosos".
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Incentivo ao esporte
A vereadora Ana Bárbara Magaldi protocolou projeto de lei que institui no município a Política Municipal de Esporte e Lazer, com o objetivo de "promover ações e políticas destinadas a assegurar o direito do cidadão ao esporte para desenvolvimento integral da pessoa humana". Para tanto, pretende "promover a incorporação do direito humano ao esporte e lazer nas políticas públicas, promover o acesso ao esporte e lazer de qualidade e de modos de vida saudável, promover a educação esportiva, de práticas de lazer e de atividades físicas, promover o esporte e lazer em favor da saúde e bem estar do cidadão e incentivar a participação permanente dos diversos segmentos da sociedade civil na promoção do esporte e lazer".
Apoio à geração de renda
Indivíduos ou grupos populacionais em situação de vulnerabilidade social terão prioridade na Política Municipal de Esporte e Lazer proposta pela vereadora. O projeto enfatiza o apoio à geração de trabalho e renda, especialmente de natureza associativa ou de profissionais capacitados na área de esportes e atividades físicas e o fomento à integração entre o esporte, o lazer, a cultura, a saúde, a educação, a defesa social, a ecologia e o turismo, "visando potencializar benefícios sociais gerados pelas práticas de esporte e lazer".
Parcerias público-privadas
O Plano Municipal de Esporte e Lazer proposto pela vereadora também busca obter fontes de recursos para manutenção, conservação, ampliação e recuperação de bens esportivos e de lazer, materiais e imateriais, e incentivar "a captação de recursos de empresas, privadas e públicas, no âmbito municipal, estadual e nacional, bem como de organismos internacionais, estabelecendo parcerias público-privadas para o financiamento de ações de esporte".
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Natal na cidade
A Prefeitura de Serra Negra marcou para as 19 horas do dia 14 de novembro, sexta-feira, o início das festividades oficiais de Natal, na Praça John Kennedy. Na oportunidade, o prefeito Elmir Chedid vai acender parte dos "quase 2 milhões de luzes espalhadas por vários pontos de Serra Negra", como informou na publicidade veiculada em redes sociais. O texto da propaganda informa ainda que "além de iluminação caprichada em áreas públicas, tanto da região central, quanto em bairros, haverão (sic) apresentações artísticas e musicais até o final (sic) do mês de dezembro. As "paradas de Natal" estão agendas para os dias 13, 17, 20, 23, 25 e 27 de dezembro, com início às 20 horas, na Rua Coronel Pedro Penteado.
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