//ANÁLISE// Morticínio

                                                                                                                                                                                                              


Fernando Pesciotta


É cercada de polêmica a notícia de que a vacinação contra a Covid-19 em adolescentes foi suspensa por determinação do Ministério da Saúde.

O ministro Marcelo Queiroga reconheceu que a decisão foi tomada por “orientação” de Bolsonaro.

Às pressas e sem conhecimento dos técnicos do Ministério, a decisão surpreendeu até a Anvisa e secretários de Queiroga.

Não se trata de concordar ou não com a vacinação dessa faixa etária. A questão é que uma decisão desse porte deve ser tomada por especialistas, não por um desqualificado, incompetente e ignorante.

Não é a primeira vez que ele age de forma irresponsável. Foram várias vezes. Um exemplo foi quando valorizou o resultado de “pesquisas” da Prevent Senior que indicariam a eficácia da cloroquina.

Agora sabe-se que a Prevent Senior mentiu, e Bolsonaro também. A operadora ocultou ao menos nove mortes e manipulou o resultado dos testes, feitos sem que os pacientes soubessem, de forma a agradar ao genocida.

Junto com o Hapvida, a Prevent comprou 5 milhões de caixas de remédios ineficazes, o chamado kit covid, para deleite de Bolsonaro.

É importante lembrar que no início dos testes das vacinas contra o coronavírus, Bolsonaro chegou a comemorar a morte de um voluntário, que na verdade havia cometido suicídio.

O ex-ministro Miguel Reale Júnior, coordenador do grupo de juristas que apoiam a CPI do genocídio, conclui que Bolsonaro é um assassino. Para ele, “o conjunto da obra” leva à conclusão de que houve “morticínio como política de governo” na gestão da pandemia.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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