//ANÁLISE// #ForaCorno

                                                                                                                                                                                                      


Fernando Pesciotta


Há poucos dias, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia disse que Bolsonaro é gay.

O fato de Bolsonaro ser ou não ser gay interessa exclusivamente a ele. Em se tratando de preferências sexuais, cada um faz o que bem entender com quem quiser.

O problema parece ser que a sexualidade de Bolsonaro é tão mal resolvida que acaba interferindo nas políticas públicas do governo, e isso se torna um estorvo para toda a sociedade.

Psicologicamente mal estruturado, ele quer impedir que todos tenhamos a mesma liberdade que gostaria de ter.

Não foi por acaso que a campanha eleitoral bolsonarista centrou fogo na fake news da “mamadeira de piroca”. Freud explica.

Ao que parece, Bolsonaro se esforça tanto para esconder suas preferências que radicaliza as orientações para ministérios tão importantes como os da Educação e da Família.

Sob Bolsonaro, as duas pastas retrocederam décadas na orientação e educação sexual.

Num passado relativamente recente, a cantora e compositora Rita Lee revelou que desistiu do namoro com o então deputado Bolsonaro porque ele priorizava os encontros com os amigos homens e não dava bola para ela.

Incrivelmente, a “acusação” de Maia deu mais pano para a manga do que todas as atrocidades. O mesmo Bolsonaro que nada fala da roubalheira das rachadinhas, que nunca diz a verdade sobre o preço da gasolina ou da alta da inflação, dedicou longo tempo de seu “discurso” para negar que seja gay.

Nos últimos dias, veículos de imprensa revelaram que, segundo depoimento de ex-funcionário da família, Bolsonaro se separou das suas duas ex-esposas porque foi traído por elas. Líderes do governo chegaram a fazer discursos no Congresso para tentar explicar sua “cornicidade”.

Nada disso seria da nossa conta se o caso não se refletisse em assuntos de interesse público.

Nas redes sociais, meio na brincadeira, meio a sério, tem quem relacione o caso aos atos do Dia da Independência.

Dizem que Bolsonaro nunca deu muita bola para as mulheres, por isso virou corno. Daí a provocativa hashtag convocatória da oposição para o 7 de Setembro.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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