- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Fernando Pesciotta
Crescem as desconfianças com o controle fiscal por causa do aumento de gastos que se mistura à piora do cenário externo e uma crise política persistente, além do agravante da seca.
Nesse contexto, ficam mais altas as vozes de agentes do mercado contra o governo, ao mesmo tempo em que analistas mantêm aquecidas as previsões cada vez menos otimistas para a inflação e o crescimento econômico.
Nesta quinta-feira (19) foi a vez do Citi anunciar que elevou a alta do IPCA de 6,4% para 7,4% neste ano e indicou mais riscos para a economia.
Para o FGV-Ibre, a inflação elevada e o fim dos estímulos monetários vão desacelerar o crescimento. A expectativa de alta do PIB em 2022 é de apenas 1,6%.
Há pressões também no exterior. Economistas reduzem a previsão de crescimento e investidores “ficam nervosos” com a variante Delta, relata o Financial Times. O fim dos estímulos na China também pesa.
Nesse cenário, o que faz Bolsonaro? Mente e distorce dados para negar que os preços do gás e dos combustíveis estão altos e pressionando a inflação.
Em outra frente, busca dinheiro da educação para cobrir o rombo e tentar alavancar sua candidatura em 2002. Ou seja, faz tudo aquilo que é temido pelo mercado financeiro. Realimenta a insegurança.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF que suspenda a ordem de pagamento de R$ 8,767 bilhões do Fundef, da educação básica, ao Estado da Bahia.
A AGU anuncia que vai fazer o mesmo com precatórios do Fundef de Pernambuco, Ceará e Amazonas, num total de R$ 15,6 bilhões.
De quebra, as ações alcançam Estados governados por partidos de oposição, onde Bolsonaro tem as piores avaliações e as menores intenções de voto.
--------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
SEJA NOSSO PARCEIRO!
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.