//ANÁLISE// Brasil, 1933

                                                                                                                                                                                                  


Fernando Pesciotta


Depois de dizer que todo brasileiro deveria comprar um fuzil, e quem não quiser, “não encha o saco”, Bolsonaro voltou a fazer ameaças.

Num culto evangélico, disse que "tudo tem limite" e não aceitará o resultado das eleições caso seja derrotado. Falou em três possibilidades: "Estar preso, ser morto ou a vitória".

Como vitória tudo indica que ele não terá, pode escolher livremente o que preferir.

O ministro da Saúde, pastor Milton Ribeiro, disse ser “impossível” conviver com crianças com certo grau de deficiência. Não disse ser difícil, trabalhoso ou até doloroso, mas “impossível”.

A Caixa e o Banco do Brasil decidiram sair da Febraban, a entidade que congrega os bancos instalados no País, por discordarem de manifesto que defende a interação e respeito entre os Poderes.

O comportamento dos bancos estatais seria uma orientação do governo, em clara ingerência política, e desrespeitosa com a decisão da maioria.

Na verdade, os três casos ocorridos nos últimos dias, recentes, portanto, evidenciam o comportamento de um governo nazista.

A Alemanha matou 200 mil deficientes apenas entre 1940 e 1945, por considerar impossível conviver com eles, assim como pensa o ministro da Educação.

A Alemanha nazista colocou fuzis e revólveres nas mãos de milhares de cidadãos, que se organizaram em instituições como a Gestapo e a SS, as milícias oficiais.

A relação do governo bolsonazi com as empresas estatais segue o mesmo modelito hitlerista.

O Nacional-Socialismo, origem da expressão “nazi”, e o conceito de volksgemeinschaft (comunidade nacional em alemão) eram antiliberais, racistas e nacionalistas, como define o historiador André Postert, do Instituto Hannah Arendt, de Dresden, em reportagem publicada pela agência Deutsche Welle há dois anos.

Segundo análises da imprensa, Bolsonaro segue o manual de Donald Trump. Na verdade, ele segue orientações de Steve Bannon para fazer marketing, mas a estrutura vigente é do nazismo.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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