//ANÁLISE// Bolsonaro pode ficar fora da eleição

                                                                                                                                                                                 


Fernando Pesciotta


Em repetidas demonstrações de que prefere o conflito e opta por apontar vilões para serem alvo da milícia, Bolsonaro renova os ataques ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.

Também dentro de sua estratégia covarde de dissimulações, disse que não mira o STF e o TSE, mas que tem uma "luta" contra Barroso. Mente outra vez, pois ele e seu séquito de fundamentalistas são alvo de investigação por ataques contra o STF.

Repete a ladainha antidemocrática ao dizer que não aceita “intimidações”. Para o soldado que queria explodir quartéis porque não lhe pagavam o que queria receber, obedecer a lei e acatar ordens institucionais virou “intimidação”.

A luz, porém, foi acesa no final do túnel. Juristas ouvidos pelo Estadão indicam que a ação do TSE pode tirar Bolsonaro da disputa em 2022, por torná-lo inelegível.

Além do Judiciário, o papel político a ser exercido pelo Congresso começa de fato a ocorrer. Coube à Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara mostrar um mínimo de coragem do Parlamento. A comissão aprovou proposta do deputado Rogério Correia (PT-MG) para convocação do general Braga Netto.

O ministro da Defesa, que pensa ainda estar nos anos 1960, terá de explicar suas ameaças às eleições.

Certamente, como bom militar, o general vai relutar, bravatear e depois colocar-se atrás das pernas do dono e dizer que não disse nada.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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