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Fernando Pesciotta
Declarações feitas pelo advogado Admar Gonzaga na Câmara dos Deputados em 2018 contradizem a defesa que Bolsonaro faz do voto impresso.
Com um detalhe: Gonzaga hoje é o advogado eleitoral do genocida.
Conforme relatado pela Folha, Admar Gonzaga foi questionado quando era ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre a segurança das urnas eletrônicas. Sua posição foi contra o voto impresso.
Na ocasião, Gonzaga foi direto ao ponto. Disse que a medida seria um retrocesso, relacionou a impressão do voto a lobby de empresas para ganhar dinheiro com o processo, afirmou que declarações de que o sistema eleitoral seja corruptível são "uma falsa verdade" e reforçou a tese do STF, de que o voto impresso se opõe ao direito de sigilo do voto.
"Então, quando perder a eleição, respeite o resultado democrático. Não fique arrumando desculpas para a falta de votos", disse Gonzaga
A história tem outro agravante, reforçando a tese de que Bolsonaro tenta criar cortina de fumaça e se não a dissiparem, fica aberto o caminho para roubar a eleição.
Poucos dias antes da afirmação de Gonzaga na Câmara, o STF havia suspendido a impressão dos votos em 2018. A medida foi aprovada pelo Congresso em 2015, por uma emenda do então deputado Jair Bolsonaro.
Neste domingo (18), ao sair do teatrinho que montou no hospital, o genocida repetiu diversas outras mentiras.
Bolsonaro segue a estratégia do nazismo. Suas declarações não têm nenhuma base lógica, não coadunam com os fatos. Visam exclusivamente criar uma narrativa própria que lhe interesse.
Ignorá-lo pode ser o caminho.
Agenda – É praticamente certo que após a catástrofe na Europa, com centenas de mortos e ainda muitos desaparecidos, os governos vão elevar em muito a pressão sobre o Brasil, cobrando efetivas medidas de combate ao desmatamento.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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