//ANÁLISE// Longa crise do emprego e da renda

                                                                                                                                                                                                                  

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


O Brasil deverá sofrer por nove anos a crise que atinge em cheio o emprego e a renda do trabalhador.

A conclusão consta de relatório do Banco Mundial divulgado nesta terça-feira (20). Conforme o texto, o País costuma levar "muitos anos" para se recuperar quando há perda de emprego em crises econômicas.

Além disso, as "grandes sequelas" tendem a persistir por muitos anos, levando à redução "longa e expressiva" dos índices de emprego formal.

"No Brasil, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise", assegura o relatório.

De acordo com o IBGE, o desemprego no Brasil é de 14,7%, mantendo-se em nível recorde, atingindo 14,8 milhões de pessoas. Sem falar naqueles que desistiram de procurar uma ocupação e saem da estatística, além dos milhões que estão em subempregos.

Segundo o Salariômetro, indicador da Fipe, os trabalhadores estão há um ano sem ganho real.

Por outro lado, a mais alta inflação dos últimos seis anos devora o poder de compra.

Não se vê nenhuma ação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Não há nenhum plano de recuperação, nenhuma ideia, nenhuma iniciativa. Guedes apenas repete que as reformas vão nos salvar, enquanto Bolsonaro pensa em dar as esmolas do auxílio emergencial.

Mais sobre educação

Neste ano, até maio, o MEC gastou R$ 1,6 milhão com campanhas publicitárias sem nunca ter tratado do retorno presencial das aulas nem os desafios ou soluções para a educação na pandemia.

Não mexeu uma palha para assegurar alguma estrutura para os alunos de todo o País, joga a responsabilidade para Estados e municípios, os abandona à própria sorte e cobra resultados.


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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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