//ANÁLISE// Vacina suspeita

                                                                                                                                                                                              

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


A compra de vacina indiana Covaxin está envolta a suspeitas de roubalheira explícita.

Telegrama da embaixada brasileira em Nova Délhi, em agosto, informava que cada dose custava US$ 1,34. Em fevereiro, o Ministério da Saúde pagou US$ 15. Ou seja, 1.120% a mais, denuncia o Estadão.

Bolsonaro centralizou nele a decisão de compra. A ordem de execução do negócio partiu do genocida. A negociação durou cerca de três meses. Se compararmos com os 11 meses de enrolação com a Pfizer, concluímos que há algo estranho.

A CPI do genocídio já sabe que o tenente-coronel Alex Marinho, homem de confiança do general Pazuello, pressionou servidores do Ministério da Saúde para agilizar a compra da Covaxin, acrescenta a Folha.

Diferentemente das outras vacinas, negociadas diretamente com o fabricante, a compra da Covaxin foi intermediada pela Precisa Medicamentos.

A empresa é alvo da CPI, que autorizou a quebra dos sigilos de um de seus sócios, Francisco Maximiano. O depoimento do empresário está marcado para esta quarta-feira (23).

A Precisa tem como sócia a Global Gestão em Saúde, também relacionada a operações pouco ortodoxas com o Ministério da Saúde. A operação mais suspeita foi feita quando Ricardo Barros era o ministro da Saúde. E hoje Barros é líder do genocida na Câmara.

Não precisa nem desenhar.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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