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Fernando Pesciotta
O registro de mais de meio milhão de mortes por Covid-19 no Brasil coincidiu com a realização do maior protesto contra Bolsonaro, num movimento que cresce em todo o País.
Como sintetiza o jornal El País, as ruas se movem contra Bolsonaro sob revolta por meio milhão de mortos.
A perversidade da gestão é ainda maior quando se observa quem está morrendo de covid-19. Os efeitos da pandemia são desiguais.
Trabalhadores de baixa remuneração, os chamados “invisíveis”, que não puderam aderir ao trabalho remoto nem manter níveis seguros de distanciamento social, são os que mais sofrem.
Mortes de motoristas de caminhão e ônibus, por exemplo, subiram mais de 400% no segundo bimestre. Os dados são do Caged, do Ministério da Economia.
Diante de tamanha tragédia, Bolsonaro se cala. O ministro da Comunicação prefere a ironia. “Em breve vcs verão políticos, artistas e jornalistas 'lamentando' o número de 500 mil mortos”, postou Fábio Faria no Twitter.
Há pouco mais de duas semanas, o Brasil era o 14º país em número de mortos por covid-19 por milhão de habitantes. Agora já é o 7º e muito provavelmente será o segundo, superado apenas pela Índia.
O País paga um preço alto por isso. Há contração recorde de 62% na atração de investimentos por conta da incapacidade de controlar a pandemia e diante das incertezas sobre os destinos econômicos e políticos do País.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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