- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Fernando Pesciotta
O imaculado governo Bolsonaro vive uma proliferação de denúncias de corrupção. Já era o esperado, pois o casamento com o Centrão veio a calhar. O que é mais terrível, porém, é ter sinais de corrupção na compra de vacinas contra uma pandemia que já ceifou quase 520 mil vidas.
A novidade da vez é que Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante de uma empresa chamada Davati Medical Supply, acusa o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, de cobrar propina de US$ 1 por dose de vacina contra a covid-19.
A Davati se dispôs a vender 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao governo, num negócio de US$ 3,5 por dose. Após as conversas iniciais com os imaculados, o preço chegou a US$ 15,5.
Simples: um dólar por vacina, numa compra de 400 milhões de doses, representa uma roubalheira de US$ 400 milhões. Ou R$ 2 bilhões.
Ninguém pode imaginar que tanto dinheiro sujo seja um negócio restrito a um diretor de ministério. Internalizar, lavar e esconder essa montanha de dinheiro precisa envolver uma quadrilha e tanto.
Ferreira Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo na Câmara, o também imaculado Ricardo Barros, que agora nega.
A nomeação de Dias ocorreu em 8 de janeiro de 2019, quando o ministro da Saúde ainda era Luiz Henrique Mandetta, que quis sair do governo como santo.
Como nada é por acaso, Bolsonaro cogitou indicar Roberto Ferreira Dias para a Anvisa. Sem respaldo técnico para isso, recuou da ideia e o deixou fazendo caixa no Ministério da Saúde.
Após a revelação do escândalo, Dias teve sua demissão anunciada nesta terça-feira (29). Se não há nada de errado, como o genocida tem repetido, por que Dias foi demitido?
--------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
SEJA NOSSO PARCEIRO!
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.