//ANÁLISE// Benefício dependência

                                                                                                                                                                                           

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


Para que o pagamento médio mensal do Bolsa Família suba para R$ 300, como promete Bolsonaro, a equipe econômica trabalha projetando um número menor de beneficiados.

Além disso, para sustentar sua promessa, Bolsonaro pensa em extinguir o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep, que hoje é de um salário-mínimo (R$ 1.100), pago uma vez por ano a 25 milhões de trabalhadores com carteira assinada e renda mensal de até dois salários mínimos.

Em setembro de 2020, Bolsonaro disse que jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos.

É importante lembrar que o genocida foi eleito prometendo acabar com o Bolsa Família, que ele e seus eleitores diziam ser compra de voto e “sustento de vagabundo”.

É inegável, porém, que a incompetência de Bolsonaro o deixa refém de benefícios sociais. Sem eles, não se reelege, perde a imunidade e pode fazer companhia a seus filhos na cadeia.

Por sinal, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel afirmou nesta quarta-feira (16) que o presidente deixou de dialogar com ele depois que permitiu as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Não à toa, os sorrisos e abraços da família Bolsonaro com Witzel na campanha eleitoral deram lugar a ataques e acusações, como se viu na CPI do genocídio nesta quarta-feira.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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