//ANÁLISE// O individualismo do miliciano

                                                                                                                                                                              

                                                                                                                                                    

Fernando Pesciotta

Bolsonaro é o maior exemplo do individualismo que aflige a sociedade brasileira. Individualismo e personalismo demonstrados diariamente com declarações em primeira pessoa. Meu Exército, minha família, meu dinheiro.

Foi uma decisão individual sua apostar no tratamento precoce contra a covid-19 e na imunidade de rebanho que ceifaram milhares de vidas.

É decisão de Bolsonaro manter um ministro corrupto e contrabandista de madeira à frente do Meio Ambiente.

Nesta quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, levantou o sigilo da investigação de Ricardo Salles. São 500 páginas de documentos que mostram, entre outras coisas, que os contrabandistas usaram a estrutura do ministério para liberar remessas de madeira ilegal.

É responsabilidade exclusivamente do inominável o que acontece no Ministério da Educação, que distribuiu dinheiro do Fundo da Educação Básica (Fundeb) orientado por uma base com erro de 1,6 milhão de matrículas.

Inacreditavelmente, até agora o seu MEC não sabe nem o número de municípios afetados pelo equívoco, que só veio à tona porque foi apontado pela imprensa, mais precisamente pela Folha de S. Paulo.

Em alguns casos, Estados e municípios receberam menos verbas. Mas também há aqueles que terão de devolver dinheiro.

No próximo sábado (29), a oposição promete respeitar o personalismo do genocida e pedir “fora Bolsonaro”. O protesto deverá ocorrer em pelo menos 85 cidades, incluindo 25 capitais.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com