//ANÁLISE// A matança da polícia ajuda os negócios de Bolsonaro

                                                                                                                                                                  

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


Tomo emprestada a figura de linguagem que o site Sensacionalista usou para o general Eduardo Pazuello e a adapto para o genocida: Bolsonaro testou positivo para cagaço.

Em meio à CPI que apura seus crimes na pandemia que já matou mais de 420 mil brasileiros, Bolsonaro voltou a mentir sobre a cloroquina.

Criminoso convicto, disse que vai divulgar um vídeo em que seus ministros irão propagandear a substância com a afirmação: "Eu tomei". Cabe reticências.

Em vez da vacina, como faz o mundo civilizado, o genocida comprou cloroquina. Além de não ter efeito contra a covid-19, ela mata e deixa sequelas. Ao menos 22 pessoas morreram comprovadamente por terem tomado a substância.

O Ministério da Saúde sob Bolsonaro defendeu o uso da cloroquina a quem tem deficiência genética, o que é contraindicado na bula do medicamento.

Sabe-se agora que o genocida colocou o aparato do Estado brasileiro a favor da substância inútil contra a covid-19. O Itamaraty foi usado para garantir o fornecimento de cloroquina, mas não mexeu uma palha para ir atrás de vacina.

Não é só uma questão ideológica, tem dinheiro nessa história mal contada, e é possível que a CPI chegue nela. Há denúncia de superfaturamento na compra de insumos para a produção de cloroquina pelo Exército. Bolsonaro está levando um nessa operação.

Apesar do medo que o domina na CPI, o genocida tem o que comemorar. Ele elogiou a matança na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

Sem investigação e sem nenhuma prova, classificou os mortos como gente desonesta e elogiou a ação policial. Não surpreende partindo de um amigo do Escritório do Crime.

Na véspera da chacina, Bolsonaro teve um encontro reservado com o atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no Palácio Laranjeiras.

A ação policial que executou pessoas desarmadas, deixando um rastro de 28 cadáveres, abre espaço para a atuação da milícia no Jacarezinho. E isso interessa a Bolsonaro, faz parte dos seus negócios. A expansão da milícia é seu maior objetivo no Planalto.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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