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Fernando Pesciotta
Deu ruim para o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na briga com o ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas Alexandre Saraiva.
Acusado de favorecer e participar da exportação ilegal de madeira, Salles viu a Polícia Federal bater em sua porta nesta quarta-feira (19). Também por decisão do STF, dez dirigentes do Ibama, incluindo o presidente do órgão, e do MMA foram afastados.
Nunca antes de Bolsonaro o Brasil teve um ministro do Meio Ambiente e um instituto mantido para preservar as florestas envolvidos em corrupção e a favor do desmatamento. É inacreditável a capacidade de degradação do País sob Bolsonaro.
Por apontar o envolvimento do ministro no contrabando de madeira, Saraiva havia sido tirado do comando da PF em Manaus, numa demonstração debochada de que Bolsonaro não dá a mínima para o desmatamento. Fica de quatro para Joe Biden, faz cândidas promessas aos líderes globais, mas libera a passagem da boiada.
Segundo a investigação, há indícios de imoralidade na evolução patrimonial de Salles. Ele teria movimentado mais de R$ 14 milhões sem lastro. Ainda conforme a PF, teria usado seu escritório de advocacia para lavar o dinheiro.
O caso repercute no mundo. Fundos de investimento colocam empresas como Cargil e Bunge, gigantes globais da soja, na lista negra por se aproveitarem do desmatamento da Amazônia.
O KLP, fundo de pensão norueguês com US$ 80 bilhões, se mostra preocupado com a corrupção de Salles e deve rever seus investimentos no Brasil.
Sem desculpas
É o padrão ministerial de Bolsonaro: corrupção, covardia e mentiras, reafirmado no depoimento do general Pazuello na CPI do genocídio. Mentiu e distorceu dados.
Nem honradez o general demonstrou. Quando o senador Humberto Costa (PT-PE), em vez de lhe fazer perguntas, sugeriu que pedisse desculpas “ao povo brasileiro”, o general abaixou a cabeça e permaneceu calado.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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