//ANÁLISE// Ato a favor de impeachment mobiliza o País

                                                                                                                                                                                

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


Os protestos contra Bolsonaro no sábado (29) ocorreram em 213 cidades do Brasil e 14 do exterior. Em São Paulo, a manifestação ocupou sete quarteirões da Avenida Paulista. Em Recife, a PM foi violenta e duas pessoas perderam a visão.

As manifestações tiveram discreta cobertura das emissoras de TV, mas alcançaram repercussão na imprensa internacional.

A Deutsche Welle salientou que os opositores romperam o domínio bolsonarista das ruas. O crescimento da rejeição do presidente se traduz pela primeira vez em protestos, acrescenta.

Ao romper a "trégua" da pandemia, a oposição abre nova frente de pressão sobre o governo, completa a agência alemã.

Com pautas diversas, os protestos pediram o impeachment de Bolsonaro, a aceleração da vacinação e aumento do valor e extensão do auxílio emergencial, descreve a BBC.

Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas para exigir o impeachment de Bolsonaro por sua resposta “catastrófica” a uma pandemia que ceifou quase meio milhão de vidas, relata The Guardian.

Para o espanhol El País, os protestos reavivam a pauta do impeachment. Os atos foram os mais contundentes desde que o “ultradireitista” chegou ao poder, analisa o jornal.

Os brasileiros fizeram protestos contra a forma como Bolsonaro lida com a pandemia carregando cartazes com "Fora com Bolsonaro" e "Impeachment já", relata a Reuters.

A crise do coronavírus matou mais de 460 mil brasileiros, mas o extrema direita minimiza sua gravidade, descarta o uso de máscara e lança dúvidas sobre a importância das vacinas, descreve a agência.

Para o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, as manifestações antecipam a corrida eleitoral e colocam Lula como referência. Segundo ele, a polarização está consolidada.

O genocida se mantém em silêncio. Seus filhos cumpriram o papel de tentar defendê-lo. O 02 atacou a imprensa ao dizer que o protesto foi superdimensionado, ao contrário da “moticiata” do domingo passado.

Naquele domingo, os apoiadores do genocida agrediram um jornalista da CNN porque não queriam a cobertura da imprensa.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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