//ASSISTÊNCIA SOCIAL// Prefeitura precisa de mais doações para atender as famílias carentes




Mais de 1.100 famílias estão sendo assistidas pela administração municipal, mas, mesmo com as doações feitas pela iniciativa privada e da população, há pessoas em situação de vulnerabilidade não atendidas em Serra Negra, além de que não é possível ainda garantir atendimento permanente a todos os necessitados nos próximos meses de pandemia.  

A situação das famílias carentes e do trabalho assistencial realizado no município foi apresentada pela presidenta do Fundo Social de Solidariedade, Deborah Aguilar Molina Abi Chedid, e a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Daniele Brandini Pachioni Siloto, durante o programa Serra Negra na Roda, transmitido pela página do Facebook da Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari, nesta quarta-feira 21 de abril.

O Fundo Social de Solidariedade de Serra Negra entregou 375 cestas básicas em duas semanas a famílias em situação de vulnerabilidade. A Secretaria Municipal da Educação tem repassado cerca de 600 kits de alimentos às mães de alunos das redes municipal e estadual de ensino e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social tem distribuído cerca de 110 cestas básicas a cada 30 dias.

“Não temos um número exato de famílias necessitadas, mas já chegamos a cerca de 1.100 cestas distribuídas e na busca ativa deveremos aumentar esse número”, afirmou Deborah. 

A secretária de Assistência Social explicou que até o fim do ano passado era possível atender às famílias com cerca de 100 cestas básicas a cada 45 dias. “De janeiro a março, só na secretaria, sem incluir as campanhas, entregamos 110 cestas básicas por mês”, comparou Daniele. 

A secretária explica que a pandemia mudou o perfil das famílias necessitadas. “Com o desemprego e o impacto socioeconômico da pandemia, percebemos que muitas famílias que nunca precisaram da assistência social passaram a necessitar, o que elevou nossa demanda e a maior procura é por alimentos”, salienta.

A pandemia só expôs e aumentou uma situação que já existia na cidade, constata Deborah. “A pandemia nos mostrou o que já acontecia. O número de pessoas necessitadas aumentou, mas sempre existiu. As pessoas preferem fingir que elas não existem porque é cômodo”, salientou.

Além de tentar unir os cadastros de famílias necessitadas das entidades assistenciais do município para evitar a duplicidade e poder ampliar o benefício a um número maior de pessoas, Deborah espera contar com doações e colaboração em especial dos empresários de segmentos essenciais que permaneceram funcionando e faturando durante a pandemia, entre os quais supermercados, hotéis, oficinas mecânicas, farmácias e outros.

A presidenta do Fundo Social solicita ainda ajuda voluntária da população para embalar os produtos e montar as cestas básicas com os alimentos doados. A Secretaria de Assistência e o Fundo Social não contam com funcionários suficientes para realizar o serviço e, segundo Deborah, até o prefeito Elmir Chedid (DEM) chegou a ajudar nesse trabalho.

Sua expectativa é criar uma rede de auxílio permanente com a colaboração de empresários e de cidadãos serranos. Deborah alertou a população para a situação crítica da pandemia, com o aumento das infecções e de mortes, apesar da flexibilização das medidas de funcionamento da economia.

Os 13 leitos destinados ao covid-19 disponíveis no Hospital Santa Rosa de Lima e as duas vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adquiridas pela prefeitura para pacientes de Serra Negra estão ocupados. 

Ela observou que parte da população ainda resiste em usar máscaras, álcool gel e manter o isolamento social, mesmo tendo a prefeitura já aplicado só nos primeiros meses deste ano o mesmo número de multas por infrações registrado ao longo de todo o ano passado.

A seguir, a íntegra do programa:


 

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