//ANÁLISE// Milícia e nazismo na máquina da morte

                                                                                                                                           


Fernando Pesciotta


Acordo, ligo o computador e vejo este post no Twitter, num perfil chamado Saldanha: “Gosto sempre de lembrar que na Alemanha o líder fascista primeiro mandou os homens para morrer numa guerra insana. Depois mandou os velhos. Quando tudo estava perdido, mandou os meninos. E mesmo assim muitos não perceberam a loucura.”

O retuíte do alemão radicado no Brasil Gerd Wenzel veio acompanhado do seguinte comentário: “A maioria só percebeu a loucura quando a guerra acabou e sobraram os destroços. Pior que a destruição material, que foi imensa, sobreveio a destruição espiritual. Ficou um enorme vazio, uma vida despida de sentido. É o que acontecerá com muitos brasileiros.”

Mudo de site e chego a O Globo: jovens usam aplicativos de mensagens para marcar festas clandestinas no Rio de Janeiro e debocham da fiscalização. Essas festas são realizadas em regiões controladas pela milícia.

Nunca é demais lembrar que o genocida é também miliciano. As coisas se encaixam: nazismo, genocídio, milícia.

Mudo de site, e lá está a notícia: por falta de vacinas, o programa de imunização está muito lento. Os grupos prioritários, num total de 77,2 milhões de brasileiros, não estarão imunizados antes de setembro.

Qualquer previsão mais otimista, explicam os cientistas, depende que sejam vacinados pelo menos 1 milhão de indivíduos por dia, continuamente, o que não tem acontecido.

Isso porque o genocida não garantiu a compra das vacinas, sob a alegação de que havia os tratamentos milagrosos com cloroquina e outras alquimias.

E vai piorar. Agora é Dimas Covas, do Instituto Butantan, que prevê média de 5 mil mortos por dia. Segundo ele, esta primeira quinzena de abril será dramática.

O presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klejner, critica o apoio do Conselho Federal de Medicina a tratamentos sem eficácia defendido por Bolsonaro. “Isso faz a população acreditar em mentiras”, lamenta. A decisão do CFM é inédita no mundo, não ocorre nem no Afeganistão.

A máquina da morte do governo Bolsonaro inclui o cabresto do ministro Kássio Marques no STF. Por influência do genocida, e para favorecer os pentecostais que foram se vacinar em Miami, o magistrado liberou a realização de cultos e missas. Foi criticado por outros ministros da Corte, que devem levar o caso para o plenário. O genocida teve orgasmos.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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