//PANDEMIA// Câmara Municipal é unânime nos elogios à liberação de cultos religiosos



A decisão da prefeitura de permitir o retorno das atividades de cultos religiosos em plena Fase Vermelha do Plano São Paulo de combate à pandemia foi comemorada pelos vereadores na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira, 8 de março. Nenhum dos vereadores se manifestou contrário à decisão.

A maioria deles não só deu parabéns ao prefeito como fez questão de salientar que os serviços prestados pelas igrejas devem ser considerados essenciais. 

Intermediador do encontro entre pastores e o prefeito Elmir Chedid (DEM), na semana passada, o vereador Rosimar Goleiro (Republicanos) foi o primeiro a manifestar seu agradecimento.

Rosimar avalia que a decisão de liberar os cultos é decorrência da conversa que o prefeito teve na semana passada com os pastores. “O prefeito chegou a um bom senso de que a igreja deve ficar aberta”, afirmou.

O vereador ressaltou que a opção de ir ou não aos cultos deve ser pessoal. “Se você se sente seguro para ficar em casa, fique em casa. Se você se sente seguro para buscar Deus na igreja, busque Deus”, afirmou. Rosimar disse ainda que as igrejas estão de mãos dadas com a prefeitura.

A vereadora Viviani Carraro (Avante) destacou a importância do decreto que autoriza a retomada dos cultos e missas porque, na sua opinião, é preciso estar conectado com Deus neste momento. “Nós temos que nos unir e se apegar em Deus, senão não sei o que será da gente”, afirmou.

O vereador Leonel Franco Atanazio (DEM) considera que há menos riscos de contaminação na igreja, onde, disse, todos os protocolos de segurança são adotados, do que nas residências. “Estava no sítio esses dias com oito pessoas vacinando o gado e ninguém estava de máscara”, afirmou.

O vereador disse ter constatado que as igrejas estão seguindo todos os protocolos. Ele fez críticas a líderes religiosos que têm manifestado preocupação com os riscos de contaminação nos cultos.

“Os pastores têm de entender que se o homem não buscar a Deus não tem nada”, afirmou. “Fica o recado para os demais pastores: os senhores aprendam a esperar um pouco mais em Deus”, afirmou.

O vereador Wagner Del Buono (DEM), o Waguinho do Hospital, defendeu a retomada dos cultos e missas com base no aumento dos casos de depressão. As igrejas, ele avalia, seriam uma forma de levar alento às pessoas que têm sofrido mais psicologicamente durante a pandemia.

Waguinho informou que recebe até três ou quatro ligações por dia de pessoas em busca de ajuda psicológica para superar a depressão. “As pessoas estão com medo, preocupadas e querem saber quando vão chegar as vacinas”, informa.

Sem perspectiva da disponibilidade de vacinas para toda a população, os funcionários da saúde estão desempenhando, segundo o vereador, o papel de psicólogos. “A igreja é necessária, tem de fazer parte. Hoje vamos nos apegar a Deus porque não tem mais o que fazer”, afirmou.

Ele lembrou que os profissionais da linha de frente também estão sofrendo pressão psicológica, mesmo já tendo tomado a vacina. “São apenas 40 minutos ou 45 minutos de missa e culto”, salientou.

Roberto de Almeida (Republicanos) relatou que foi procurado pelo padre Sidney, da Matriz, surpreendido pelo decreto que impediu a realização de missas e batizados.

O vereador explicou que os padres estavam apreensivos por celebrar a missa, porque a infração do decreto acarreta uma multa de R$ 2.900. O vereador fez críticas às pessoas que não recorrem à fé religiosa.

“Aquele que não tem apoio espiritual é um infeliz”, afirmou, lembrando que é tempo de Quaresma na igreja católica e que as celebrações desse período fazem muita falta na vida dos católicos.

Beraldo Cattini (PSC) destacou um relato do padre Sidney de que nunca teria recebido em seu confessionário tantos fiéis com desejo de suicídio. “Uma pessoa chegou a sacar a arma no meio da sacristia”, relatou. 

Renato Giachetto (DEM) também comemorou a decisão do prefeito. “Os templos podem agora levar alento a seus fiéis”, afirmou. 

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