//ANÁLISE// Sete mil mortes por dia

                                                                                                                                         


Fernando Pesciotta


Enquanto o Brasil batia novamente o recorde de mortes por covid-19, com 3.668 óbitos em 24 horas, Bolsonaro insistia em dar um golpe. As atenções do governo (?) estão todas voltadas a assegurar o bolor de uma ditadura, e não em salvar vidas.

Além de forçar a saída dos comandantes militares, de forma a abrir espaço para a chegada de mais gente disposta a tudo para manter o aprendiz de ditador no poder, o Planalto patrocina um projeto de lei para lhe assegurar direitos supremos.

Justo hoje, um 31 de março sempre nefasto na história brasileira, temos de conviver com uma ameaça esdrúxula de um ser desprezível que não pensa em absolutamente nada que não seja ter o poder supremo e absoluto.

A proposta levada ao Congresso por um deputado do PSL prevê que o presidente da República possa adotar medidas de exceção por causa da pandemia. Poderia, por exemplo, declarar Estado de Sítio.

A questão é saber o que Bolsonaro faria com isso, já que é contra o isolamento social e nunca adotou nenhuma atitude para evitar o crescimento exponencial de mortes por covid-19. Ao contrário, todos os seus gestos, movimentos, ações e exemplos são para expor as pessoas ao vírus.

Não é por acaso, portanto, que outro recorde foi batido nesta quarta-feira (30), com 317 mil novos casos de infectados pelo coronavírus. O atraso do genocida em buscar vacina está custando muito caro ao País.

O teu comércio está fechado, cara leitora, caro leitor, porque Bolsonaro atrasou a vacina.

E porque muita gente não quer ou não pode atender às necessidades de isolamento, a tendência ainda é de crescimento de novos casos. Ou seja, vem mais mortes pela frente.

Um técnico que tem acompanhado as estatísticas da pandemia me assegurou que dentro de um período de duas a quatro semanas o País alcançará a incrível marca de sete mil mortos por dia.

Quando você acha que estamos no caos, pense que sempre pode piorar. Enquanto isso, o genocida continua brincando de ser Hitler, e a culpa é nossa.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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