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Fernando Pesciotta
Como imaginava, é grande a repercussão no mercado financeiro e na imprensa da carta aberta na qual, antes tarde do que nunca, banqueiros, economistas e empresários criticam o governo pela “má” gestão na saúde.
É de se perguntar por que os donos do dinheiro esperaram chegarmos a 300 mil mortes para fazer alguma coisa que não fosse defender reformas para ganharem mais dinheiro.
De qualquer forma, o documento, que já tem mais de 1,5 mil assinaturas, fortalece o Congresso e isola o presidente. O manifesto dificulta a transformação do encontro de líderes dos Três Poderes na pegadinha imaginada pelo tenente cloroquina.
O governo reage de forma a dar munição para sua milícia. Diz que a ação é política e visa tirar o genocida do Planalto. Na sua realidade paralela, o genocida diz que o Brasil é um exemplo. Então, tá.
O fato é que parte do empresariado finalmente entendeu que não pode esperar soluções de um governo que tem Bolsonaro à frente. Seria pedir para chegar à falência mais rapidamente.
Resolveram, então, ao menos ameaçar agir. Em vez de afastar o cloroquiner da Presidência, a ideia é transformá-lo num boneco, já que suas ações só servem para destruir, nunca para construir.
Até o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, eleito de braços dados com Bolsonaro, passou a falar grosso. Disse que o Brasil vive uma das suas "piores fases" liderado por uma "minoria desordeira".
Está aí, “desordeiro” é novidade na lista de adjetivos relacionados ao genocida. "O negacionismo passou a ser uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval. Não podemos aceitar no Brasil. As pessoas têm que tomar precaução para evitar contaminar o outro, é o mínimo de empatia, de amor ao próximo", completou Pacheco.
A despeito do discurso, a situação não para de piorar. Estudo da Fiocruz aponta que a disseminação sem controle do SARS-CoV-2 no Brasil já gerou mutações das variantes do coronavírus que circulam no País.
O tratamento precoce propagado pelo genocida resulta num grande fracasso. Pessoas infelizes que o ouviram estão pagando com sofrimento e morte.
Após o uso do “kit Covid”, pacientes estão na fila de transplante de fígado e ao menos três já morreram.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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