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Morte na represa

Um jovem de 26 anos morreu no dia de Natal enquanto nadava na Represa Santa Lídia, que estava fechada por ordem da prefeitura. O fato, gravíssimo, suscita algumas indagações: 1) Se o ingresso de público estava proibido, como esse jovem, que estava acompanhado de outros, entrou na represa?; 2) Ninguém toma conta do lugar?; 3) A Associação Ambiental e Clube de Triathlon Santa Lídia não deveria cuidar da represa?; 4) Não é obrigação da Guarda Civil Municipal de Serra Negra zelar para integridade dos próprios públicos?; 5) A Represa Santa Lídia é terra de ninguém?


Ao Deus dará

A ausência de funcionários da prefeitura em pontos turísticos da cidade, parece ser a norma. Não há fiscalização ou vigilância por parte do poder público nesses locais. A simples presença de um guarda municipal já daria a impressão de que a prefeitura tem o mínimo interesse em preservar os atrativos da cidade e a segurança dos cidadãos, serranos ou turistas. A morte do jovem na Santa Lídia poderia ter sido evitada se alguém o tivesse impedido de entrar no local.


Fonte seca

O Parque Fonte São Luiz, cuja obra de revitalização a prefeitura promete inaugurar nesta segunda-feira, 28 de dezembro, tem potencial para ser um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, além, claro, de servir para o lazer da população do bairro. Falta nele, porém, aquilo que o remeteria aos seus dias de glória: não há ali mais nenhuma fonte de água mineral. A bem da verdade, seu nome deveria mudar: parque fonte não se aplica mais.


O avanço do vírus

A pandemia segue firme e forte em Serra Negra. A média diária de novos casos em dezembro, do dia 1º ao dia 25, aumentou incríveis 188% em comparação com o mesmo período do mês anterior. Em novembro foram registrados em média 2,6 casos novos de covid-19 por dia na cidade; em dezembro o número subiu para 7,5 casos. Este é o pior período da pandemia no município, que continua praticamente sem fiscalização das normas sanitárias.


Medo da multa

Os organizadores da manifestação contra o fechamento do comércio em Serra Negra, no sábado, 26 de dezembro, orientaram os comerciantes da cidade a obedecer ao decreto municipal que prevê o fechamento de lojas, bares e restaurantes até 4 de janeiro, segunda-feira. A orientação foi dada após o chefe de Gabinete da Prefeitura, Wanderley Lona, reiterar aos líderes do movimento que o decreto seria mantido e que a Vigilância Sanitária multaria os estabelecimentos que estivessem com as portas abertas.


Novo decreto

Os comerciantes tentaram sem sucesso negociar a suspensão do decreto municipal que segue o Plano SP de combate à pandemia. O decreto municipal não inclui o fechamento das lojas no próximo fim de semana. O prefeito Sidney Ferraresso ainda não decidiu se editará um novo decreto. Como a posse do prefeito eleito, Elmir Chedid, é no dia 1º de janeiro às 20 horas, provavelmente um novo decreto será editado até 31 de dezembro.  


Conversa interrompida

Elmir Chedid estava agendando uma reunião com os empresários para discutir o assunto na próxima semana, mas as conversas foram suspensas após a manifestação dos comerciantes e não há ainda previsão de retomada da conversa. Empresários mais otimistas, no entanto, acreditam que, ao tomar posse, o novo prefeito deverá decidir por manter o comércio aberto no próximo fim de semana.


Bolsodoria

O governador João Doria foi bem xingado pelo pessoal que fez o ato em protesto contra o fechamento de seus negócios. Mas certamente a maioria deles votou no então candidato do PSDB ao governo do Estado, em 2018: Doria teve 72% dos votos dos serranos no segundo turno. Nessa eleição, o atual governador fez dobradinha com Bolsonaro, que recebeu os votos de 82% dos eleitores de Serra Negra no segundo turno. O "Bolsodoria" foi um sucesso na cidade.


Câmara em ação

Leandro Tomazzi, eleito suplente de vereador pelo Avante, sugeriu em suas redes sociais que a Câmara Municipal edite um decreto legislativo para derrubar o decreto municipal que determina o fechamento de bares, lanchonetes, restaurantes e lojas. O decreto pode ser apresentado por qualquer vereador. Seria necessário, no entanto, sessão extraordinária, convocada pelo presidente da Casa ou por autoconvocação de dois terços dos vereadores. Falta talvez interesse político neste momento, uma vez que os vereadores, desde o início da pandemia, foram os principais apoiadores das manifestações dos empresários contra o fechamento do comércio, mesmo porque ou são comerciantes ou são parentes de donos de estabelecimentos comerciais da cidade.

Comentários

  1. A associação Ambiental / Clube do Triathlon do Santa Lídia tem a intenção sim, de zelar e cuidar do complexo Santa Lídia mas ainda falta ser aprovado na Câmara pelos vereadores...se for aprovado e a Prefeitura ceder o espaço para a construção da sede do clube do Triathlon, com certeza a Represa ficará espetacular...mas não podemos ser responsáveis pelas pessoas...por mais que tivesse Bombeiros, se não sabe nadar não entra...ou fica no raso onde da pé...mas que seria bom ter um Guarda Municipal ou um Bombeiro seria...já evitaria muita coisa 😉👍

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  2. O Clube de Triathlon do Santa Lídia poderia esclarecer do que trata este acordo que está sendo apresentado à Câmara e, principalmente, informar detalhadamente o que exatamente se pretende construir no local e qual será a contra partida? Existe um projeto? Poderia ser disponibilizado? O que o Clube de Triathlon irá fazer para deixar o lugar espetacular? Qual o período de vigência deste acordo e quais seus termos? Favor esclarecer a população.

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  3. Qual documento a câmara precisa aprovar?
    O que consta nesse documento?
    Qual a contrapartida que caberá ao Clube de Triathlon?
    O que o Clube de Triathlon fará para tornar a represa espetacular? Poderiam especificar?

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  4. Quantas pessoas perderam a vida afogadas na represa Santa Lídia nos últimos 10 anos?

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  5. Quantas pessoas perderam a vida na Represa Santa Lídia nos últimos dez anos?

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