//SERRA NEGRA NA RODA// Prefeitos terão de dar respostas rápidas à sociedade, diz jornalista

Fernando Pesciotta: “O prefeito tem de ser um líder na
acepção da palavra, administrar para quem votou nele e para quem não votou"

Com os caixas vazios e o orçamento apertado os prefeitos eleitos vão ter de dar respostas rápidas às demandas da sociedade, em especial no primeiro trimestre de 2021, que serão pressionadas pela pandemia e a crise econômica global.

Essa é uma das análises feitas pelo jornalista Fernando Pesciotta, sócio-diretor da agência Fatos&Dados, ao Serra Negra na Roda, desta quarta-feira, 25 de novembro. 

O programa é transmitido pela página no Facebook da Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari.

Colaborador do Viva! Serra Negra, Pesciotta foi produtor da editoria de Economia da TV Globo, além de repórter e subeditor do jornal O Estado de S. Paulo. “O que não podemos perder de perspectiva é que o mundo mudou com o avanço da tecnologia e a comunicação cada vez mais dinâmica, e a resposta do setor público tem de ser rápida”, afirmou.

O jornalista pondera que os prefeitos eleitos têm de aproveitar a popularidade em alta no início para aglutinar as forças em benefício do coletivo, o que Bolsonaro não conseguiu fazer quanto tomou posse.

“O prefeito tem de ser um líder na acepção da palavra, administrar para quem votou nele e para quem não votou. Tem de aglutinar todas as forças para superar esse momento crítico que provavelmente é um dos mais críticos da história do país”, disse Pesciotta.

A pandemia deverá continuar sendo um problema mesmo depois da vacina, lembrou o jornalista, uma vez que vai exigir uma coordenação e trabalho de logística eficientes durante a vacinação.

As dificuldades de caixa nos municípios, o jornalista alertou, podem se agravar dependendo da decisão do governo em relação à prorrogação do auxílio emergencial, fundamental para evitar uma desaceleração do nível de atividade econômica no primeiro trimestre do ano.

Pesciotta informou que o governo Bolsonaro estuda com o Congresso uma mudança nos subsídios e no repasse de verbas aos municípios para alocar recursos para manter o auxílio emergencial ou criar um novo programa de transferência de renda para substituir o Bolsa Família para atender um número maior de beneficiários.

“A economia vai ser fundamental para eleição presidencial de 2022. Sem o auxílio emergencial, Bolsonaro terá pouca chance de reeleição e quem pode pagar a conta com essa suspensão de subsídios e repasses são os municípios”, alertou o jornalista.

Abaixo, a íntegra da entrevista:




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