//CULTURA// Humberto Mesquita vai contar suas histórias no Serra Negra na Roda

Humberto Mesquita: "Fazer jornalismo é fazer história"

A vida de Humberto Mesquita se confunde com a história da televisão brasileira, que comemorou no dia 18 de setembro 70 anos da primeira transmissão no país. Repórter por natureza, ele trabalhou, como diz, "em muitos órgãos de comunicação". De fato, a lista é grande: revistas Cruzeiro e Realidade, televisões Excelsior, Tupi, Bandeirantes e SBT. 

Nesse veículo de comunicação de massas que se impôs como o mais popular de todos, Mesquita apresentou programas que se tornaram icônicos, como o Pinga Fogo (Tupi), Xeque Mate (Bandeirantes) e Isto é Brasil, no SBT. Por trás das câmeras, foi editor de jornalismo na Tupi e no SBT.

Morando atualmente em Marselha, na França, Mesquita é o convidado desta semana do Serra Negra na Roda, programa produzido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari e que será transmitido nesta quarta-feira, 18 de novembro, excepcionalmente às 17 horas, pela página da Casa no Facebook.

Nele, Mesquita vai falar sobre a sua vida dedicada ao jornalismo e sobre a conjuntura política e social do país. Autor do livro "Tupi, a Greve da Fome", do romance "Santa Brígida", e de "Coisas que eu Vi", sua obra mais recente, ele está atualmente escrevendo "Cangaço: Frente e Verso".

"Coisas que eu Vi", lançado neste ano, tem prefácio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

"Este livro é um retrato do que de mais importante aconteceu no Brasil no último meio século. Aqui estão reunidas histórias contadas por quem as viu acontecerem. Mais do que isso: por quem, no exercício do jornalismo, tinha a missão não só de relatá-las no calor do momento, mas também de registrá-las para o futuro, como numa cápsula do tempo, daquelas em que se enviam mensagens para as próximas gerações", escreveu Lula sobre a obra.

E em outro trecho:

"Ator e narrador de acontecimentos que marcaram nossa história recente, Humberto Mesquita viaja de um golpe a outro. Vai do golpe civil e militar de 1964, que derrubou João Goulart e mergulhou o Brasil em duas décadas de escuridão, ao golpe civil, militar, parlamentar, jurídico e midiático de 2016, que destituiu Dilma Rousseff e abriu caminho para a ascensão do fascismo em nosso país."

Mesquita resume a sua trajetória profissional em outro trecho do prefácio de seu último livro: “Fazer jornalismo é fazer história. Mais de 50 anos percorremos essa estrada, e nesse percurso assistimos períodos de muita adversidade e períodos bons para o Brasil. Por incrível que possa parecer, as adversidades marcam mais, mexem mais e te ferem mais. Quando se fere a democracia, o povo é atingido e você se envolve no mesmo clima de tristeza, e ainda mais quando se é ator e narrador desses acontecimentos.”

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