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Fernando Pesciotta
A despeito do negacionismo criminoso de Jair Bolsonaro, é praticamente consenso entre autoridades que o País vive um agravamento da pandemia de coronavírus. Segunda onda ou não, o número de novos casos e de mortes voltou a subir.
Isso tem causado contrariedade entre fundamentalistas apoiadores do governo. Sobrou até para o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que passou a ser chamado de “comunista” nas redes sociais.
Por duas razões. A primeira é pelo post feito pelo perfil do ministério, apagado uma hora depois, pedindo para a população tomar os devidos cuidados contra o coronavírus.
Em outro post que viralizou, Pazuello aparece em vídeo dizendo para a deputada Jandira Fegalli (PCdoB-RJ) que a filha dele, de 12 anos, é de esquerda.
Além de o Ministério da Saúde ter apagado a publicação defendendo o isolamento, pouco depois Bolsonaro sugeriu no Twitter que as pessoas procurem tratamento precoce da covid-19.
De acordo com o Estadão, o ministério vai esperar um aumento “consistente” do número de mortos para agir contra uma segunda onda da pandemia.
Até o ministro da Economia, Paulo Guedes, vê a possibilidade de uma segunda onda, mas avalia que o governo está preparado. Há três dias, um secretário do seu ministério dissera que esse risco é “baixíssimo” e que alguns Estados atingiram a imunidade de rebanho.
Em São Paulo, o governo estadual proibiu os hospitais públicos e privados de desmobilizarem leitos de atendimento de infectados pela covid-19. O agendamento de cirurgias foi suspenso.
A taxa de ocupação dos leitos dos hospitais municipais de São Paulo por pacientes com covid-19 chegou a 48%, o maior desde agosto.
Guedes cogita CPMF incidente em operações do Pix
Quando foi lançado, o Pix, o novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, mereceu elogios por dar maior competitividade ao setor e zerar as tarifas de transferência de dinheiro e de pagamentos digitais.
Mas havia o receio de que a medida pudesse ser uma via rápida para ampliar a arrecadação de impostos com a taxação de transações digitais. E parece que caminhamos para isso mesmo.
O ministro da Economia anuncia que vai voltar a propor a criação de um imposto sobre transações após o período eleitoral. Ele afirmou que o plano para o tributo inclui a taxação do envio de recursos por meio do Pix.
Em videoconferência promovida pelo Bradesco, Guedes comparou as transações digitais a uma rodovia com pedágios.
As alíquotas sugeridas são de 0,10% ou 0,15%, que ele classifica como “baixas”. Segundo o jornal, estudos iniciais do ministério previam alíquota de 0,20% para a nova CPMF.
O Banco Central autorizou o pagamento de loterias pelo Pix.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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