//SERRA NEGRA NA RODA// Em debate, a devastação do meio ambiente brasileiro

Deputado federal Nilto Tatto é o convidado do Serra Negra na Roda desta semana


A devastação do meio ambiente brasileiro no governo Bolsonaro, com as queimadas no Pantanal, desmatamento na Amazônia e Mata Atlântica, liberação indiscriminada de agrotóxicos e o afrouxamento da fiscalização e leis ambientais, são alguns dos temas que serão debatidos nesta quarta-feira, 28 de outubro, no programa Serra Negra na Roda, que contará com a presença do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), especialista na área. 

Tatto está ligado à temática do meio ambiente desde 1983, quando passou a administrar, até 1994, o Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), instituição que assessorava movimentos operários, camponês, indígena e de educação popular.

Ele atuou na capacitação administrativa para o Conselho Nacional dos Seringueiros, em Rio Branco (AC), na época liderado por Chico Mendes, e para a União das Nações Indígenas, em São Paulo e no Acre, coordenada por Ailton Krenak.

Em 1987, participou da fundação da Espaço de Formação Assessoria e Documentação, organização da sociedade civil, localizada no bairro Cidade Dutra, com atuação na área de educação e meio ambiente. Na Espaço atuou como voluntário até 1994, e assessorou diversos movimentos sociais.

Com o encerramento das atividades do Cedi, em 1994, Tatto participou da fundação do Instituto Socioambiental (ISA), do qual foi secretário-executivo a partir de 1999. Também coordenou ações e projetos de assessoria e capacitação em gestão administrativa para diversas organizações indígenas.

Entre 1999 e 2001, coordenou o Projeto de Manejo Florestal Xikrin do Cateté desenvolvido pelo ISA com o povo Xicrin do Cateté, no município de Parauapebas (PA). Foi o primeiro projeto de manejo florestal em terra indígena no Brasil.

Em 2004 passou a coordenar o Programa Vale do Ribeira, do ISA – função que ocupou até março de 2014 –, com o desafio de dar visibilidade à luta das comunidades quilombolas e de articular a implantação de políticas voltadas à manutenção da rica diversidade da região, que possuí menor IDH do Estado.

Em 2009, Tatto recebeu o Prêmio Dorothy Stang de Direitos Humanos, na categoria humanidade, por sua atuação em projetos de alternativas econômicas sustentáveis e geração de renda nas comunidades quilombolas no Vale do Ribeira.

Foi eleito deputado federal em 2014, com 101.196 votos. Na Câmara Federal, tem pautado sua atuação em temas como garantia de direitos das comunidades tradicionais (quilombolas, ribeirinhos, indígenas, caiçaras), luta pela reforma agrária, agricultura familiar, unidades de conservação, redução do uso de agrotóxicos e estímulo a agroecologia. 

Em 2017, presidiu a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Foi membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Integrou a Comissão de Desenvolvimento Urbano e a Comissão Mista do Orçamento. 

Como relator do PL 6.268/16 (PL da Caça), recomendou o arquivamento da proposta que visa liberar a caça de animais silvestres no Brasil.

Tatto é o relator da Comissão Especial para a criação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos, prevista no Projeto de Lei 6.670/16, que visa adotar medidas que estimulem a redução do uso de agrotóxicos e promovam práticas sustentáveis como a agricultura orgânica e a agroecologia.

Em 2019, coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara Federal. É titular da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da qual foi presidente em 2017, além de integrar as Comissões de Legislação Participativa e do Trabalho, Administração e Serviço Público.

Em 2017, foi eleito secretário nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT. Foi reeleito deputado federal em 2018, com 124.281 votos.

O Serra Negra na Roda é produzido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari e será transmitido nesta quarta-feira, às 20 horas, na página da entidade (www.facebook.com/casadaculturadalmodallari).

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