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Fernando Pesciotta
Jair Bolsonaro se prepara para dar mais um passo dentro da velha política. Sob controle do Centrão, seu governo planeja o desmembramento do Ministério da Economia, recriando as pastas de Trabalho e Previdência.
Ainda na campanha eleitoral, em 2018, o então candidato de extrema-direita anunciou que Paulo Guedes seria um superministro, concentrando diversas pastas então existentes.
Além de atrair a simpatia da Faria Lima e do empresariado, Bolsonaro cumpria o papel de defensor da nova política, de austeridade e contra as indicações partidárias para cargos no governo.
Como já se vê há tempos, esse papel era puro charlatanismo. Bolsonaro é da mais velha política, no pior sentido do que isso possa significar. Aparelhou o Estado com gente incompetente e sem conhecimento da área.
O exemplo mais recente é do general que virou ministro da Saúde, e reconhece quem nem sabia da existência do SUS. Alega que sempre foi atendido em hospital do Exército. A ignorância não tem limites. Você não precisa ser atendido pelo SUS para saber da existência do SUS.
A redivisão do Ministério da Economia, segundo a imprensa, deve ocorrer no começo de 2021. Paulo Guedes não vê problema na decisão. Além de não ter força para se contrapor, alega que trabalho e Previdência já passaram por reformas.
A avaliação da base governista é de que a estratégia de concentrar tudo num só ministro “fracassou”. E esvaziar Guedes virou o esporte preferido do Centrão na República da Tubaína.
Paralelamente, Bolsonaro continua sua versão piorada do Zorra Total. Em live semanal, ele repetiu que a Lava Jato acabou porque não há corrupção no governo, mas continua no âmbito estadual e municipal.
A #BolsonaroSoEnganaOtario chegou a ficar em quarto lugar nos trendings topics do Twitter.
Eleição
O candidato apoiado por Bolsonaro em São Paulo, Celso Russomano, não para de subir, no quesito rejeição.
Pesquisa Datafolha mostra que 29% dos eleitores não votariam nele de jeito nenhum, ante 21% no levantamento feito antes do engajamento de Bolsonaro na campanha.
Nas intenções de voto, a única alta mais substancial é de Guilherme Boulos, que foi de 9% para 12%. A corrida ainda é liderada por Russomano, que caiu dois pontos, seguido de Bruno Covas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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