//AGRICULTURA// Café serrano é finalista em prêmio de qualidade



Quatro cafeicultores serranos disputam a final do 13º Concurso de Qualidade do Café do Circuito das Águas Paulista. Roberto Broto Marchi, do Sítio São Geraldo, Paulo Rogério Marchi, do Sítio Santa Rosa, e Reginaldo Farias Santos, da Fazenda Santana, concorrem na categoria natural, colhido e seco de forma convencional e beneficiado após a seca.

O cafeicultor João Pedro Carra, do Sítio São Fernando, disputa a categoria nanolote, destinada a pequenos produtores que utilizam critérios rigorosos em todo o processo de produção.

O concurso regional é promovido e coordenado pelo Sindicato Rural de Amparo, com os mesmos critérios adotados na premiação estadual, realizada pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário (Codeagro).

Participaram da disputa regional 34 cafeicultores do Circuito das Águas Paulista. Cafeicultores de Amparo e Socorro também estão entre os finalistas da região.

Os quatro finalistas regionais na categoria natural estão automaticamente selecionados para a disputa estadual. Na categoria nanolote, o vencedor regional participa da premiação estadual.  

A seleção dos melhores cafés participantes do concurso foi realizada por um grupo de três classificadores. Os cafés na disputa são submetidos às provas sensoriais, onde são analisadas a fragrância, doçura, sabor, acidez, corpo e equilíbrio.

A cada item é dada uma nota, segundo sua qualidade, seguindo uma escala de 6 a 10 pontos. Os cafés que atingem mais de 80 pontos são considerados cafés especiais.

A prova classificatória será nos dias 29 e 30 de outubro. A divulgação dos finalistas será no dia 2 de novembro. A cerimônia de premiação será no dia 27 de novembro no Museu do Café, em Santos.

Os concursos de café têm contribuído para a melhoria da qualidade da produção local e para a organização da cafeicultura no Circuito das Águas Paulista.

Além da criação da Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista (Acecap), a cafeicultura da região tem se mobilizado para obter a Indicação Geográfica dos cafés especiais.

“Com o Selo de Qualidade da Indicação Geográfica, os cafés especiais vão ser reconhecido e rastreados, oferecendo ao consumidor uma garantia da qualidade, além de informar quem é que produziu o café que está na sua mesa”, explica a presidente da Acecap, Silvia Fonte.

O objetivo do trabalho realizado pelo setor é consolidar a região como produtora de café de qualidade no país e no exterior e com isso agregar valor ao produto exportado que terá sua rastreabilidade como garantia de um produto especial.

O café brasileiro chega nos países europeus e nos Estados Unidos sem indicação de procedência. Os importadores ou apreciadores da bebida no exterior só têm a informação de que a bebida é produzida no Brasil. Muitos acham que a única procedência é o Estado de Minas Gerais.

Com a rastreabilidade e a divulgação do café do Circuito das Águas Paulista, a cafeicultura regional pode se tornar mais um atrativo turístico para os municípios da região.  

“Dessa forma toda a rede comercial, turística e hotelaria vão ganhar. E a população terá muito mais oferta de empregos, até mesmo nas propriedades rurais”, avalia Silvia.

Confira os finalistas:

NATURAL

1º- Ellen Fontana - Fazenda Fronteira (Socorro)

2º- Roberto Broto Marchi - Sítio S. Geraldo (Serra Negra)

3º- Paulo Rogério Marchi - Sítio Santa Rosa (Serra Negra)

4º- Reginaldo Farias Santos - Fazenda Santana (Serra Negra)

MICRO LOTE

1º- Jorge Luís Benedetti-  Fazenda Benedetti (Amparo)

2º- Giovani Ferrari -  Sítio São Benedito (Socorro)

CD

1º- Reginaldo Farias dos Santos- Fazenda Santana (Socorro)

2º- Loris Ramos Heleno- Fazenda Quintas da Serra (Amparo)

3º- Fazenda Ycatú Agropecuária -   (Amparo)

NANOLOTE

João Pedro Carra - Sítio São Fernando ( Serra Negra)


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