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Elmir ou Elmir

Os apelos do irmão deputado, do pai prefeito de Bragança Paulista e de partidários próximos à família Chedid têm sido insuficientes para convencer o ex-prefeito de Serra Negra Elmir Chedid a concorrer ao Executivo na eleição de 15 de novembro. Retornar à Prefeitura de Serra Negra ou, pior, defender um grupo político desgastado por três gestões consecutivas, não estavam nos planos do político, que dedicou os últimos 20 anos à vida empresarial. “Estamos conversando, ele está contrariado, mas vamos convencê-lo”, disse um correligionário. O partido, ele avisa, não tem outra carta na manga.


Nem a pau, Juvenal

O prefeito Sidney Ferraresso (DEM) também não quer pegar esse rojão. A avaliação do partido é a de que o prefeito fez uma boa administração e que sua baixa popularidade e a rejeição dos eleitores seriam consequência de um desgaste natural dos 12 anos consecutivos do grupo à frente da prefeitura de Serra Negra. Já há algum tempo, o prefeito informou que não tem vontade de tentar a reeleição.




Salário baixo

A popularidade do vice-prefeito, médico Rodrigo Magaldi, é incontestável até entre seus adversários. Seu nome seria garantia de mais uma vitória do grupo liderado pelo DEM nas urnas, apostam muitos partidários. Mas a candidatura do vice-prefeito esbarra numa questão: a remuneração do chefe do Executivo, de R$ 15 mil brutos mensais. Magaldi, entre outras funções, ocupa o cargo de diretor-técnico da Santa Casa de Ouro Fino. 

Denunciou, tem de provar

O crime de peculato é uma das denúncias mais comuns contra o setor público. Na segunda-feira mais uma acusação do tipo foi apresentada na Câmara Municipal. Um requerimento, assinado pelos três vereadores da oposição e dirigido ao prefeito Sidney Ferraresso (DEM), solicita informações sobre possível pagamento realizado mediante orçamentos falsificados, com carimbos automáticos da Direção de Transporte Escolar do Município de Serra Negra. A denúncia, segundo os vereadores, teria partido de uma servidora municipal e gerou questionamentos do vereador Renato Giachetto (DEM). Ele a considerou “aleatória” e imprecisa, uma vez que não revela quem é a autora, contra quem é feita a denúncia, nem quem teria se beneficiado do desvio de recursos públicos. Ainda assim o requerimento foi aprovado por unanimidade.



Professoras aliviadas

As professoras respiraram aliviadas com a notícia de que as escolas vão continuar fechadas em setembro devido à pandemia de coronavírus e que uma nova pesquisa será realizada pela prefeitura em outubro para saber a opinião dos pais a respeito do retorno às aulas. Mas atendendo a pedidos da categoria, os vereadores querem saber da Secretaria de Educação quando será a avaliação das professoras para atribuições de classes e de secretárias, prevista no Plano de Carreira do Magistério Público. Esse foi um dos pontos mais polêmicos das discussões para a elaboração do plano de carreira dos professores, aprovado no ano passado.


Pedido em suspenso

As entidades representativas da sociedade que encaminharam solicitação ao Poder Executivo para integrar o Comitê de Enfrentamento ao Covid-19 no município, formado atualmente por secretários municipais, representantes do setor jurídico e da Chefia do Gabinete, não receberam uma resposta até agora do prefeito Sidney Ferraresso. Entidades do comércio, da rede hoteleira e de cidadãos serranos, além de vereadores, pleiteiam a participação no comitê. A informação da assessoria de imprensa na ocasião era que os pedidos seriam analisados pelo Executivo.



Negacionismo

Negar a pandemia tem sido uma estratégia de negócios em Serra Negra. Negar a realidade para evitar uma verdade desagradável é um fenômeno comum nos últimos tempos, chamado de negacionismo. A ciência define o negacionismo como a substituição de conceitos básicos, apoiados por consenso científico, por ideias controversas e bizarras. Perguntado recentemente sobre os efeitos da pandemia no setor em que atua, um empresário local respondeu: "Não chamo de pandemia, chamo de desafio." E se recusou a comentar o impacto do novo coronavírus e do covid-19 no mercado imobiliário serrano. “Já falamos sobre isso em fevereiro”, justificou.  


Casas caras

O aluguel de imóveis pela prefeitura já consumiu neste ano cerca de R$ 300 mil. Há quase duas dezenas de imóveis locados que abrigam órgãos administrativos. Uma pergunta recorrente das pessoas que têm dois neurônios é se esses aluguéis são realmente necessários, já que boa parte dessas repartições poderia funcionar em imóveis da prefeitura. Como o Centro de Convenções, esse enorme elefante branco que é símbolo da incompetência das últimas gestões municipais. 



Lindo elefante branco

Por falar no Centro de Convenções, outra questão que surge é sobre quando aparecerá alguém que o use com a finalidade para o qual foi construído: ser um polo regional de turismo, cultura e arte. O conjunto arquitetônico é um dos mais imponentes do Brasil, talvez das Américas, e seria, em qualquer lugar do mundo, algo para se orgulhar. Serra Negra, porém, parece não fazer parte do mundo, tanto que relega essa maravilha a um plano de total irrelevância. O Centro de Convenções é para ser a solução de muitos problemas, e não, como há vários anos, o próprio problema.


Quatro anos em um minuto

Em pouco mais de um minuto o maestro Agenor Ribeiro Netto deu, no programa Serra Negra na Roda, produzido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari, umas dez sugestões para uso do Centro de Convenções, o elefante branco que simboliza a mediocridade administrativa do Executivo serrano. Além disso, em menos tempo ele informou de onde poderia vir a verba para a prefeitura tocar projetos culturais. Ou seja, em questão de minutos ele foi mais criativo que a prefeitura em quase quatro anos.


Votos e reeleição

Dois vereadores que ainda não decidiram se vão tentar a reeleição, Edson Marquezine e Paulo Giannini, conseguiram suas cadeiras na Câmara Municipal nas vagas de Paulão da Farmácia, que renunciou ao cargo, e de Rita Pinton, que preferiu assumir a Secretaria de Educação e Cultura. Marquezine recebeu 396 votos em 2016 e Giannini, 373. O candidato mais votado na eleição passada foi Felipe do Tó, com 858 votos - que anunciou que não vai tentar a reeleição. Candidato a mais um mandato na Câmara Municipal, o atual presidente da Casa, Waguinho do Hospital, foi o segundo mais votado em 2016 (747 votos). Também são candidatos à reeleição, Roberto Almeida (497 votos em 2016), Eduardo Barbosa (485 votos), Renato Giachetto (468 votos), Leandro Pinheiro (409 votos) e Léo da Ambulância (391 votos). Zé Tegão, do qual não se sabe se vai ou não concorrer, recebeu 353 votos na eleição passada.



Direito de ir e vir

A secretária de Turismo e Desenvolvimento Social de Serra Negra, Bia Spignardi, está entusiasmada com o trabalho da Move, associação que reúne empresários de Monte Verde. Para ela, a experiência da parceria público-privado no badalado distrito de Camanducaia poderia ser replicada em nossa cidade. Uma das medidas das autoridades de lá foi baixar um decreto que proíbe a entrada no município, nos fins de semana e feriado, de qualquer pessoa que não tenha feito reservas nos hotéis locais. Ou seja, o prefeito de Camanducaia, com o endosso dos empresários de Monte Verde, revogou a Constituição Federal, que no seu Artigo 5º, Inciso XV diz que “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou sair com seus bens”. Serra Negra no bom caminho...


Acessibilidade

O vereador Renato Giachetto quer que a prefeitura faça obras de infraestrutura nas ruas, calçadas, prédios e locais públicos, "visando facilitar o acesso de cadeirantes, idosos e das pessoas com dificuldades de locomoção". Pedido relevante e medida necessária não só para os moradores, mas para os turistas. Afinal, receber bem os visitantes é meio caminho andado para que eles retornem à cidade.



Placas polêmicas 1

As novas placas de sinalização turística da cidade, além de não serem muito úteis para os motoristas, já que têm informações demais e letras muito pequenas, foram objeto de dois requerimentos, dos vereadores Leandro Pinheiro e Renato  Giachetto, aprovados na última sessão da Câmara Municipal. No primeiro, eles pedem que a prefeitura informe o motivo pelo qual as fontes de água mineral da cidade não foram incluídas nelas. No segundo, querem saber do prefeito quais foram os critérios adotados na escolha dos pontos turísticos. Segundo eles, "vários e tradicionalíssimos" locais ficaram de fora. 


Placas polêmicas 2 

Nas placas constam nomes de alguns estabelecimentos comerciais, como hotéis e pousadas. Nada contra a inclusão. Só que é errado colocar alguns e deixar outros de fora. É o conceito da isonomia: por que esse tratamento privilegiado? Claro que seria impossível colocar nas placas todos os estabelecimentos comerciais da cidade. Mas a colocação de apenas alguns indica favorecimento, o que é inadmissível em se tratando de um bem público. 


Placas polêmicas 3

Conselho para turistas que venham pela primeira vez a Serra Negra: tragam binóculos - porque só assim vão ler o que está escrito nas placas de sinalização turística sem ter de sair dos seus veículos.


Placas polêmicas 4

Outra utilidade das placas é servir de teste oftalmológico. 


Placas polêmicas 5

A placas vêm fazendo “vítimas” na cidade. O vereador Ricardo Fioravante relatou que para conseguir ler o que estava escrito nela um motorista quase bateu na traseira do carro de um amigo. No caso do vereador José Aparecido Orlandi, o Zé Tegão, ele mesmo quase foi a vítima. “Um motorista de São Paulo que estava na minha frente diminuiu a velocidade para ler a placa e quase bateu na minha traseira”, relatou. Para o vereador Fioravante, há ainda um outro problema: os letreiros das placas foram feitos com adesivos que em breve deverão estar descolando devido à elevação das temperaturas a partir deste mês, quando começa a primavera.



Campanha virtual

Pré-candidatos a vereador em Serra Negra estão aproveitando o fato de que ainda não foram confirmados pelas convenções partidárias para fazer barulho nas redes sociais. O Facebook é a preferida deles. Publicações patrocinadas, ou seja, pagas, aparecem nas "timelines" aos montes. No geral, escondem os partidos a que estão filiados. Eles sabem que, para muitos, na cidade os votos são para as pessoas - como se as pessoas não fizessem parte de grupos políticos - e cada qual com a sua ideologia.

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