//ANÁLISE// Mentira como política de Estado

                                   


Fernando Pesciotta


Depois de um discurso repleto de mentiras feito na ONU por Jair Bolsonaro, o governo divulga informações falsas sobre as queimadas no País. A mentira, definitivamente, está no DNA de um governo eleito graças a fake news como as mamadeiras de piroca.

Os dados falsos comparam números de oito meses de 2020 com dados de anos completos. Estão em postagem feita no final de semana pela Secretaria de Comunicação Social, órgão oficial do Planalto, portanto.

A postagem falsa foi compartilhada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pelo secretário de Comunicação, Fábio Faria, e, claro, por Flávio Bolsonaro.

Lojistas sonham com recuperação das vendas

O comércio promete investir pesado para tentar transformar o último trimestre, de Black Friday e Natal, na salvação do ano, no qual ficou evidente a falta de rumo de um governo inepto, na opinião de economistas.

Sem nenhuma criatividade, o governo insiste na nova CPMF.

“Poucas ideias são tão ruins que não podem ser pioradas. Infelizmente, o sistema tributário não é uma exceção. Prova disso é a constante ameaça de retorno da famosa CPMF.”

A afirmação é do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. Consta de livro publicado em 2017 e serve de exemplo de como esse tipo de imposto é criticado por economistas de diversas correntes.

A CPMF é vista como aumento da confusão, distorção e iniquidades da tributação no Brasil, segundo um colunista da Folha.

Além da falta de projeto e planejamento, o País sofre com a retração da renda e aumento do desemprego.

Segundo o IBGE, os trabalhadores que conseguiram manter o emprego durante a pandemia perderam 25% da renda.

Num movimento político, o governo deve apresentar nesta segunda-feira, 28 de setembro, a segunda fase da reforma tributária.

Ela inclui a possibilidade de uma ampla desoneração da folha de pagamentos e sua proposta para o Renda Cidadã, novo nome do Renda Brasil, com o qual Bolsonaro pretende substituir o Bolsa Família.

Ministros e líderes da base aliada participam do evento, deixando claro o real objetivo do governo.

“Micheque”

A banda Detonautas faz sucesso nas mídias sociais nos últimos dias com a gravação de uma música intitulada “Micheque”.

“Hei Michelle, conta aqui para nós, a grana que entrou na sua conta é do Queiroz?”, diz a letra do rock.

No YouTube, o vídeo tem quase 1,5 milhão de visualizações.

Os números que indicam o sucesso nas redes sociais crescem desde que Michelle Bolsonaro anunciou que vai processar a banda e pede a censura da música.

Internacional

A situação pode ficar pior para Bolsonaro. O New York Times revela que Donald Trump sonegou impostos federais em dez dos 15 anos de declaração analisados, entre 2000 e 2017.

Trump também é alvo de uma auditoria por causa de uma suspeita restituição de US$ 72,9 milhões, acrescenta o jornal.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com

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