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Fernando Pesciotta
Enquanto vê despencar a adesão ao isolamento social, o governo prepara uma medida provisória para prorrogar o pagamento do auxílio emergencial. De acordo com o noticiário, há consenso de que o valor do benefício será inferior aos atuais R$ 600 mensais. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que seja de R$ 200, mas assessores políticos do Planalto falam em R$ 300 estendidos até dezembro.
Além disso, segundo O Globo, Guedes trabalha para que o Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família, comece a ser operado em janeiro, atendendo a um pedido de Jair Bolsonaro. De olho na reeleição, o presidente agora é ardoroso defensor do pagamento de benefícios sociais, que tanto criticou ao longo de toda sua longa carreira parlamentar. O novo programa beneficiaria 21 milhões de famílias.
O Poder 360 revelou nesta terça-feira, 18 de agosto, que em dez Estados no Norte e Nordeste há mais gente beneficiada pelo Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada.
Paralelamente, seguem aquecidas as negociações para a elaboração da proposta de Orçamento que o governo tem de mandar ao Congresso até o final do mês. Aquecidas também estão as pressões por mais verbas, ampliando as ameaças de rompimento do teto de gastos. O ministério de Desenvolvimento Econômico, por exemplo, já obteve aumento de R$ 846 milhões para 2021.
Pandemia
Mesmo com o número de mortes praticamente estável em nível elevado – ontem o País ultrapassou as 110 mil vítimas fatais –, a adesão ao isolamento é o menor desde o início da pandemia. Apenas 8% da população se diz em isolamento completo e 43%, parcial, indica a Folha. Para 46%, o pior já passou, daí o relaxamento.
A OMS, entretanto, alerta que a transmissão do coronavírus vem sendo cada vez mais impulsionada por pessoas na faixa etária entre os 20 e os 40 anos que, muitas vezes, não apresentam sintomas e desconhecem que estão infectadas, relata a Deutsche Welle. Por serem muitas vezes assintomáticos ou apresentarem sintomas leves, os jovens acabam transmitindo a doença. Países como a Alemanha avaliam, por isso, medidas para inibir festas.
Estupro
Juristas pedem ao STF que revogue a concessão de prisão domiciliar da ativista bolsonarista Sara Giromini. Com isso, ela pode voltar para a cadeia. Sara é vista como a principal vilã do caso da menina de dez anos que, violada pelo tio, fez um aborto autorizado pela Justiça no domingo.
No final de semana, Sara divulgou dados pessoais da menina. "Ao publicar em seu perfil no Twitter o endereço do hospital onde se encontrava a criança vítima de violência sexual, a representada reiterou seu descompromisso com o respeito à Constituição, que tem na dignidade da pessoa humana um dos princípios fundantes da República Federativa do Brasil", sustenta o documento.
Reportagem do G1 informando que o YouTube derrubou o canal da ativista acumula 23.200 interações.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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