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O turismo será retomado gradativamente e os turistas vão continuar sendo clientes potenciais do comércio de Serra Negra, mas o comportamento do consumidor está em transformação, fazendo com que o e-commerce deixe de ser trivial para se tornar essencial.
Antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, a relevância do e-commerce já era uma constatação do especialista de desenvolvimento de sistemas e marketing digital Wanderlei Clementino Mendes de Alencar.
Morador de Serra Negra, Alencar é franqueado em Amparo da Guia-se Agências Digitais, maior rede de agências digitais do país, com mais de 120 unidades pelo Brasil, Estados Unidos e Portugal.
Ele explica que a demanda do mercado off-line já vinha se reduzindo gradativamente. A pandemia acelerou esse processo. Boa parte do consumo migrou das lojas físicas para online.
O empresário avalia que muitos lojistas aqui na região foram pegos de surpresa pela pandemia e partiram para o e-commerce sem conhecer a fundo o assunto.
Para capacitar quem deseja aprender conceitos básicos sobre e-commerce, a unidade da Guia-se Agências Digitais de Amparo passou a oferecer, depois da pandemia, cursos gratuitos que ensinam anunciar de forma profissional no Facebook e Instagram.
A iniciativa é realizada em parceria com entidades representativas do comércio da região, entre as quais a Associação Comercial de Serra Negra (Acia).
O curso está disponível na Acia ou pode ser acessado no link https://calendly.com/wanderlei-alencar/curso-intensivo.
O aluno aprende a realizar impulsionamentos e anúncios, além de obter informações de seu interesse sobre outras ferramentas e aplicativos disponíveis na internet.
Alencar: sucesso das vendas depende do público-alvo |
“É um curso rápido, de 50 minutos, mas que permite aprender a fazer anúncios de forma segmentada”, informa Alencar.
O empresário aponta dificuldades e equívocos comuns cometidos por quem quer iniciar nas vendas pelas redes sociais.
Um dos erros é optar pela versão paga do Facebook em virtude do baixo número de curtidas na plataforma gratuita. Ele explica que as postagens do Facebook e do Instagram chegam, com sorte, a apenas 15% da audiência, o que acaba levando o usuário a optar pela versão paga.
Outro equívoco cometido pelos empresários com frequência na quarentena foi entregar suas redes sociais a pessoas não especializadas ou pouco conhecedoras do assunto.
Ele explica que o custo de entregar o serviço para parentes ou agências despreparadas pode ser alto e o retorno baixo.
O empresário alerta ainda para alguns riscos também frequentes, como o de empresas que “vendem seguidores”, criando perfis falsos para isso, ou que utilizam materiais, como imagens e vídeos com direitos autorais, o que pode criar problemas jurídicos para quem as contratou.
Usar o WhatsApp comum em vez do WhatsApp business, que oferece mais funcionalidades, também é um erro frequente cometido pelos comerciantes.
O empresário explica que o resultado das vendas eletrônicas depende também do tipo do público-alvo. É preciso ter uma visão ampla do comportamento do consumidor que se pretende atingir.
“Há consumidores que precisam tocar, ver, sentir, para assim, realizar a compra”, ensina. Há também alguns setores de produtos que mesmo quando oferecida uma pré-visualização pela internet, a compra só é efetivada se o consumidor estiver diante do produto.
Alencar diz que esse é o caso, por exemplo, de concessionárias de veículos usados e imóveis. Os clientes precisam saber quais são suas condições.
Ele lembra que isso vale também para produtos em que o fator decisório para a compra tenha relação com cheiro, confiança e visão detalhada, como linha de fragrâncias e joias de valor.
Os lojistas do setor de vestuário foram muito afetados logo no início da pandemia com o fechamento do comércio. Alencar avalia que isso fez com que muitos lojistas partissem para o e-commerce sem conhecer o assunto.
Agora, no pós-pandemia, uma boa solução, ele aponta, são os anúncios exclusivos para turistas. “Essa é uma opção nas redes sociais que poucos empresários conhecem”, salienta.
O empresário acredita, o entanto, que é perfeitamente possível conciliar vendas online e off-line, planejando bem o estoque.
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